A banda Psychotic Eyes foi formada em 1999 e tem base nas
cidades de São Paulo e Guarulhos e vem se tornando mais uma das grandes
representantes do Death Metal nacional. Os paulistas lançaram uma demo em 2000
e outra em 2002, quando também participaram do Split CD “Psychotic
Eyes/Ancestor”.
Em 2007 a banda lançou seu primeiro álbum
auto-intitulado e só agora em 2011 os
caras lançaram seu segundo álbum sob o nome “I Only Smile Behind The Mask”.
Capa do álbum
Faixas:
1 – Throwing into Chaos
2 – Welcome Fatality
3 – Dying Grief
4 – Life
5 – I Only Smile Behind the Mask
6 – The Humachine
7 – The Girl
Lançamento: 2011
Gravadora:
Independente
O termo que melhor se encaixaria na definição do som do
Psychotic Eyes é o chamado Melodic Death Metal, porém, além das claras
influências da cena de Gotemburgo, os paulistas também flertam com o thrash
metal e até mesmo com o progressivo.
Throwing into Chaos
abre o álbum e a escolha para isso não poderia ter sido melhor. A música
apresenta um grande trabalho na bateria com uma pegada técnica e varias
mudanças no andamento, e as linhas de baixo são muito eficientes. Mas o
destaque fica mesmo para os majestosos riffs de guitarra que do começo ao fim
da faixa ficam grudados na cabeça, além do belo timbre e os solos muito bem
elaborados. Vale mencionar que a letra da música, que realmente transmite ao ouvinte o caos presente em seu nome, é de
composição do poeta Adriano Villa que foi responsável pelas letras da metal
opera “Hamlet”. Welcome Fatality começa
com uma levada bem thrash e depois vai trilhando pelos caminhos do death
melódico. As passagens de guitarra como na anterior são magníficas com riffs
certeiros e solos inventivos e não apenas com aquele virtuosismo jogando a
velocidade lá em cima. O que quebra tudo mesmo na faixa é a cozinha da banda que
simplesmente mostra não estar para brincadeiras em mais um grande, técnico e
progressivo trabalho na bateria de Alexandre Tamarossi, além do baixo fulminante que no álbum foi gravado por Rodrigo Nunes. Deve se destacar
também a interpretação de Dimitri nos vocais, esse cara canta pra caralho, seja
em inglês ou em português nos versos finais, aliás, a letra da música é excepcional e foi uma letra com a qual me identifiquei muito.
Dying Grief chega com um andamento bem mais cadenciado que suas anteriores e também com a maioria dos riffs indo mais para o lado melódico, lembrando bastante as bandas Suecas em certos momentos. Em flerte constante com o thrash, aliado aos vocais sufocantes e infernais de Dimitri esta se mostra mais uma grande composição com destaque para as linhas de guitarra.
Dying Grief chega com um andamento bem mais cadenciado que suas anteriores e também com a maioria dos riffs indo mais para o lado melódico, lembrando bastante as bandas Suecas em certos momentos. Em flerte constante com o thrash, aliado aos vocais sufocantes e infernais de Dimitri esta se mostra mais uma grande composição com destaque para as linhas de guitarra.
Life é uma faixa
difícil de definir. Esta é a faixa mais suave do álbum e diga se de passagem
algo bastante inusitado em um álbum de death metal. Chamar de balada não
estaria totalmente correto, mas se assim são chamadas as faixas mais suaves em
outros lados do metal, também não estaria de pleno equivoco. Lembrou-me
vagamente o Dark Tranquility. A faixa apresenta alguns momentos bastantes
“calmos” (existe algo assim no death metal? hehe) e alguns mais agressivos,
combinando melodia e porrada de um modo como poucas vezes escutei. Destaque ao
solo de guitarra e interpretação de Dimitri e também a letra por ter um ar mais
romântico, algo também deveras raro no death metal. Em seguida temos a faixa
título I Only Smile Behind the Mask que
é pesada desde seu inicio. A faixa é um pouco cadenciada, não tanto quanto Life, mas mais cadenciada que a maioria
das faixas do álbum. É praticamente impossível escolher um destaque aqui.
The Humachine começa de maneira excêntrica em um diálogo entre homem e máquina e prossegue em uma faixa de extrema técnica e muito bom gosto nas linhas de bateria, continuando em seu desenvolvimento repleta de diálogos entre a máquina e o homem. De todas as faixas do álbum foi a que menos chamou minha atenção musicalmente, porém a letra da música aqui é o grande destaque. Letra que foi baseada no livro de David Gerrold “O diabólico cérebro eletrônico”, título da obra em sua versão traduzida para o português do original “When Harlie Was One”. E para finalizar o álbum temos The Girl que começa de forma bastante suave, uma faixa bem cadenciada que vai mesclando o death com o thrash e até pitadas de hard rock por parte da guitarra que conta com um bom solo também. A faixa é baseada na música "Geni e o Zepelim" de Chico Buarque.
The Humachine começa de maneira excêntrica em um diálogo entre homem e máquina e prossegue em uma faixa de extrema técnica e muito bom gosto nas linhas de bateria, continuando em seu desenvolvimento repleta de diálogos entre a máquina e o homem. De todas as faixas do álbum foi a que menos chamou minha atenção musicalmente, porém a letra da música aqui é o grande destaque. Letra que foi baseada no livro de David Gerrold “O diabólico cérebro eletrônico”, título da obra em sua versão traduzida para o português do original “When Harlie Was One”. E para finalizar o álbum temos The Girl que começa de forma bastante suave, uma faixa bem cadenciada que vai mesclando o death com o thrash e até pitadas de hard rock por parte da guitarra que conta com um bom solo também. A faixa é baseada na música "Geni e o Zepelim" de Chico Buarque.
O álbum conta com uma produção de primeira qualidade pelo
produtor e guitarrista do Kataklysm Jean François Dagenais que mostra ainda
mais o profissionalismo da Psychotic Eyes. Um álbum cheio de riffs extremamente
bem elaborados e grudentos, um monstruoso e técnico trabalho de bateria, linhas
de baixo vigorosas e eficientes e letras muito boas, algo muito acima da média.
Sem mais, grandes músicas com uma ótima produção neste que é sem dúvidas um dos
melhores álbuns lançados em 2011. Recomendado a qualquer um que aprecie metal
extremo e boa música.
O que o álbum tem de pior é que são “apenas” 7 faixas e
quando chega ao fim fica a sensação de quero mais hehe. Uma pena também o álbum
ser lançado apenas de modo virtual e não ter lançamento físico, para um
colecionador como eu é muito frustrante, mais frustrante ainda por ver que o
perverso mercado musical atual não permita que bandas do nível da Psychotic
Eyes de prensarem seus álbuns para lançamentos físicos. O álbum está disponível
para download no site da banda.
Canal no youtube: http://www.youtube.com/user/psychoticeyesbrazil?feature=watch
Formação:
Dimitri Brandi – Vocal e Guitarra
Alexandre Tamarossi – Bateria
Douglas Gatuso – Baixo
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