A banda Dark Avenger
foi formada na cidade de Brasília em 1993 e o som dos caras podia ser definido
tendo principais influências nas bandas Iron Maiden, Savatage e Helloween. No
ano seguinte a sua formação, a Dark Avenger lançou uma demo intitulada “Choose
Your Side... Heaven or Hell...” que obteve boa repercussão na época. Já em 1995
a banda estaria lançando o seu primeiro álbum auto-intitulado e que atraiu
muita atenção para os brasilienses que excursionaram pelo país durante cerca de
2 anos.
O álbum seguinte só viria a sair seis anos depois, em 2001
foi lançado “Tales of Avalon – The Terror” que seria o primeiro de dois álbuns
que teriam como base o mesmo tema, os contos dos reinos de Avalon (local
místico presente nas histórias do Rei Arthur). A obra seria dividida em “Tales
of Avalon – The Terror” e “Tales of Avalon – The Lament”, porém, após o grande
sucesso do primeiro dos álbuns que é considerado um clássico do Heavy Metal
nacional, a banda passou por inúmeros problemas e culminou em seu fim em 2005.
Em 2009 houve uma reunião e a banda chegou a se apresentar, mas não foi para
frente. Agora em 2011 finalmente a banda está de volta com uma formação
finalmente estabilizada e após 10 anos o segundo álbum que fecha o conceito
montado pela banda será lançado. Enquanto aguardamos o álbum que deve sair até o fim do ano,
fica aqui uma resenha do “Tales of Avalon – The Terror”.
Capa do álbum
Faixas:
1 – The Terror
2 – Tales of Avalon
3 – Golden Eagles
4 – Heroes of Kells
5 – Crown of Thorns
6 – Wicked Choices Part I
7 – Glass Myrddin
8 – As the Rain
9 – De Profundis
10 – Caladwch
11 – The White of Your Skin
12 – Crownless Queen
13 – Morgana
14 – The Lament Part I
Lançamento: 2001
Gravadora: Megahard
Quando recebi a notícia que a Dark Avenger estava voltando à
ativa, fiquei muito feliz com esta que foi umas das melhores noticias que tive
nos últimos meses. São vários os autores que já abordaram os contos do Rei
Arthur, alguns abordando mais a visão masculina, outros a visão feminina,
outros focaram em apenas um personagem. E o Dark Avenger segundo o vocalista e
idealizador deste conceito, Mário Linhares, acabou juntando quase tudo. Com as
palavras do próprio Mário Linhares, “pegamos personagens que existem em todos
os livros e outros que só existem em um ou outro livro e fizemos um grande
caldeirão de sentimentos, pois é disso que o Tales Of Avalon é feito:
SENTIMENTOS.”
Mário Linhares ainda complementa: “Nenhuma história é
contada nos nossos discos uma vez que já foram tão bem narradas por esses
excelentes autores. Ao invés, nós juntamos todos esses personagens e resolvemos
cantar em nossas músicas os sentimentos envolvidos naquele determinado momento,
determinada cena. O ouvinte vai poder sentir todo o ódio de Morgana ao ser
rejeitada pelo irmão que a engravidou, vai poder vivenciar todo o amor de
Arthur por Gwenwifar quando esta o faz jurar amor eterno, vai visualizar a dor
dos Pequenos (Little como os Celtas eram chamados) ao serem conquistados pelos
romanos, e vibrar com a alegria de Arthur ao conquistar Caladvwch (Excalibur)
pela primeira vez.” No blog da Dark Avenger você pode ler por completo os
textos de Mário Linhares explicando isso: http://darkavengerofficial.blogspot.com/
The Terror abre o
disco, uma pequena faixa instrumental que irá te ambientar com o álbum. Tales of Avalon começa o disco de vez,
esta eu considero a faixa mais fraca do álbum, uma escolha ruim já que se trata
da primeira música. Não que seja ruim, muito pelo contrário, mas em comparação
as outras faixas, é a mais fraca. Golden
Eagles é a mais longa do CD e nos mostra a que veio a banda.
Riffs eficientes, um ótimo solo de guitarra, cozinha baixo/bateria segura e
entrosada, bom refrão e Mário Linhares mandando ver nos vocais. Heroes of Kells começa de forma suave,
mas logo ganha em peso. Segue na mesma linha da anterior, mas o refrão aqui não
é tão pegajoso. Crown of Thorns inicia
com um riff que fica na cabeça logo de cara. A faixa segue com um bom trabalho
dos guitarristas Leonel Valdez e Júlio Cesar com bons riffs e solos e linhas de
teclado que se encaixam bem, além de Mário Linhares muito bem como sempre. The Wicked Choices Part I é somente
instrumental com uma bela melodia. Glass Myrdin
é a faixa seguinte e não deixa a peteca cair. Destaque para o ótimo
trabalho do baterista Kayo John.
A próxima música é As
the Rain com um inicio orquestrado, seguido de um trecho acústico suave e
cadenciado. Com a entrada das guitarras a faixa segue cadenciada quando por
volta da metade vai ganhar em velocidade e Mário Linhares volta com seus super
agudos. De Profundis é uma faixa só
com teclado e um vocal feminino que soa distante. Caladwch é outra que começa de maneira suave e que depois ganham
pouco em peso, mas segue como uma das mais leves do álbum. The White of Your Skin também é uma faixa bastante leve se compara
as outras e cadenciada, é a faixa onde também menos se nota os “excessos” de
Mário Linhares, excessos no bom sentido me referindo aos tons extremamente
agudos. Crownless Queen tem um inicio
cheio de efeitos nos teclados e traz de volta o peso da banda. Se na faixa
anterior Mário Linhares “economiza” nos agudos, aqui ele distribui super agudos
por toda a música, o que para alguns pode ser insuportável hehe, mas particularmente admiro estes excessos de virtuosismo. As guitarras como de
costume contam com bons riffs e a cozinha se mantém segura nesta que é uma das
melhores faixas. Morgana também
começa com os teclados de Rafael Galvão dando um ar soturno e logo entram as
guitarras mandando riffs certeiros. Esta é outra das melhores faixas do álbum
com as guitarras com uma boa levada, linhas de teclado muito bem colocadas e
também um bom solo de teclado, baixo pulsante, além da ótima interpretação de
Mário Linhares. The Lament Part I encerra
o álbum de uma forma um tanto melancólica e a continuação nós teremos no
próximo álbum da banda que deve sair ainda este ano.
Um álbum clássico, onde o Dark Avenger mostrou um trabalho
impecável e essencial a qualquer um que curta um bom power metal tradicional.
Blog oficial: http://darkavengerofficial.blogspot.com/
Formação atual:
Mário Linhares – Vocal
Leonel Valdez – Guitarra
Ian Bemolator – Guitarra
Tito Falaschi – Baixo
Kayo John – Bateria
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