A banda Almah foi formada em 2006, inicialmente como um
projeto solo do vocalista Eduardo Falaschi (que também é o vocalista da banda
Angra). Em 2007 o projeto lançou seu debut auto-intitulado com todas as composições de todos os instrumentos por Edu Falaschi e contou com a
presença de renomados músicos internacionais do estilo nas gravações de guitarra, baixo e bateria.
O trabalho foi muito bem recebido pelo público no mundo todo e então Edu
Falaschi resolveu transformar o Almah em uma banda de fato, aproveitando o fato que o Angra esteve em hiato entre 2007 e 2009. Falaschi recrutou
alguns músicos para formar a banda (dentre eles o também baixista do Angra
Felipe Andreoli) e teve seu segundo álbum, o Fragile Equality lançado em 2008 e que foi também muito bem
recebido por fãs e critica.
Em Setembro de 2011 o Almah lançou o seu terceiro álbum sob
o nome Motion, álbum este que
apresentou uma mudança no direcionamento musical da banda que buscava
modernizar o seu som.
Capa do álbum
Faixas:
1 – Hypnotized
2 – Living and Drifting
3 – Days of the New
4 – Bullets on the Altar
5 – Zombies Dictator
6 – Trace of Trait
7 – Soul Alight
8 – Late Night in’ 85
9 – Daydream Lucidity
10 – When and Why
Lançamento: 2011
Gravadora: Laser
Company
Em Fragile Equality o
Almah apresentou um Power Metal cheio de influências progressivas e arrancou
elogios de muitos veículos especializados e fãs. Mas neste novo trabalho
chamado Motion o que ouvimos é diferente. Segundo o vocalista, compositor e líder da banda, Edu falaschi, o
Almah precisava criar uma identidade própria (as comparações com sua outra
banda, o Angra, eram inevitáveis) e também precisava renovar o seu som, trazer
elementos mais atuais para sua música. É impossível aplicar qualquer rótulo a
este Motion, há elementos de power
metal, progressivo, thrash metal e até metalcore. O álbum é mais pesado e
direto que seu antecessor, mas não deixa de lado momentos mais “melodiosos” que
marcaram a carreira de Edu Falaschi e consequentemente do Almah.
Hypnotized abre o
álbum e já nos apresenta a nova sonoridade do Almah com uma faixa agressiva. A
música começa com uma dobradinha dos guitarristas muito bem sacada e então
ganha em peso e velocidade. A cozinha da banda se mostra entrosada e segura, e
é muito bacana ver Edu cantando num tom adequado para sua voz. Uma faixa
vigorosa para abertura. Seguindo temos Living
and Drifting com um ritmo frenético e para cima com um refrão grudento.
Notamos aqui o contraste do Almah atual com o do álbum anterior, bases de
guitarras pesadas, mas com solos que lembram os momentos mais melódicos do
álbum anterior, com grande interpretação de Eduardo Falaschi. A faixa seguinte
é Days of the New que vem regada a
muito groove e momentos que lembram o Pantera. A faixa tem guitarras pesadas
que contrastam com o vocal arrastado de
Edu Falaschi no refrão. Destaque para o guitarrista Paulo Schroeber com um
ótimo solo. Bullets on the Altar é
mais cadenciada e com melodias de extremo bom gosto onde notamos linhas de
piano bem postadas em meio ao peso da faixa. A letra da música fala sobre como
as pessoas são facilmente influenciadas e como podem fazer atrocidades em nome
de algo supostamente divino, com referências ao chamado “Massacre de Realengo”.
Zombies Dictator ira agradar aos fãs
do Metalcore, a faixa mescla muito bem o metal tradicional com este estilo mais
moderno de se fazer heavy metal. Nesta música há a participação do vocalista
Victor Cutrale do Fúria Inc que nos apresenta seu vocal ultra rasgado que entra
em total contraste aos vocais de Edu. A faixa é bastante complexa com varias
mudanças de andamento com destaque para o baixista Felipe Andreoli e o
baterista Marcelo Moreira.
Trace of Trait é
uma das faixas que foi escolhida para vídeo clip. Mais uma faixa com bastante
groove e um ótimo trabalho do baterista Marcelo Moreira, e um refrão pegajoso.
Curioso que o guitarrista Paulo Schroeber faz um solo mais “sentimental” e o
guitarrista Marcelo Barbosa um solo mais “fritado”, sendo que o normal seria o
contrário. É mais uma faixa com uma letra interessante, versando sobre o
“desenvolvimento” da humanidade e indagando sobre seu futuro. Soul Alight começa com o bumbo duplo
numa pegada Death Metal (inclusive o começo lembra Sulfur do Slipknot) e no seu decorrer alterna momentos cadenciados e
velozes. Temos mais uma vez um refrão arrastado e um solo de guitarra muito
eficiente com uma letra bem positiva. Late
Night In’85 é uma balada um tanto melancólica com ótimas melodias e um belo
solo de guitarra, foi a outra faixa escolhida para video clip, apresenta uma letra bem particular por Eduardo Falaschi. Daydream Lucidity é
a faixa seguinte com várias mudanças de andamento e a participação do vocalista
Thiago Bianchi do Shaman no refrão. É uma faixa complexa e que leva um tempo
maior a ser totalmente assimilada. When
and Why finaliza o álbum de forma acústica voltado inusitadamente para o
Country. Uma bela canção levada por Marcelo Barbosa e com ótima interpretação
de Eduardo Falaschi.
Sem dúvidas um ótimo trabalho que deixa clara a evolução da
banda, um dos melhores lançamentos do ano.
Site da banda: http://www.almah.com.br/
Canal no youtube: http://www.youtube.com/user/AlmahChannel
Formação:
Eduardo Falaschi – Vocal
Marcelo Barbosa – Guitarra
Paulo Schroeber – Guitarra
Felipe Andreoli – Baixo
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