Olá, pessoal. Hoje vou postar sobre a banda paulistana Shaman que foi formada em 2000. Os formadores da banda foram Andre Matos (Voz e Teclado), Luis Mariutti (Baixo) e Ricardo Confessori (Bateria) que em 1999 haviam saído do Angra. Hugo Mariutti, irmão de Luis Mariutti foi convidado para ser guitarrista da banda provisoriamente, mas os resultados foram tão bons que ele foi efetivado como guitarrista da banda.
O termo “Shaman” que é de origem Tunguska (povo nativo da Sibéria) siginifica “aquele que enxerga no escuro” e geralmente é representado como um sacerdote que durante rituais, através de um transe manifesta poderes sobrenaturais e invoca e incorpora espíritos da natureza. Da Sibéria os xamãs (grafia brasileira) partiram para o mundo todo e no Brasil são representados pelos Pajés.
Em 2002 o grupo lançou seu primeiro álbum “Ritual” que tinha como principal característica a mescla de Heavy Metal e world music (termo usado para se referir à música tradicional e/ou música folclórica de certa cultura). O álbum foi muito bem recebido no mundo todo e resultou em uma turnê que durou cerca de um ano e meio com mais de 130 shows pelo mundo. Em 2003 foi lançado o DVD “RituAlive” que é até hoje considerado o melhor DVD do gênero lançado no Brasil. Devido a problemas jurídicos a banda passou a se chamar “Shaaman” pois havia uma banda finlandesa com o nome ‘Shaman”.
Em 2005 o grupo lançou o álbum “Reason” que tinha uma pegada mais heavy anos 80 e dividiu opiniões da critica e dos fãs. Após a turnê Andre Matos e os irmãos Mariutti deixaram a banda. Ricardo Confessori seguiu e reformulou a banda. Com essa nova formação onde a banda voltou a se chamar “Shaman” foram lançados o álbum “Immortal” em 2007 que não foi muito bem aceito pela mídia nem pelos fãs e o DVD “AnimeAlive” de 2008 com um show gravado no evento Anime Friends. Em 2010 o grupo lançou o álbum “Origins”, esse com muitas críticas positivas e junto ao álbum veio o DVD “Shaman & Orchestra Live At Masters Of Rock Of Prague” gravado num festival na Republica Tcheca. Bom, vamos então falar sobre o mais recente lançamento da banda.
Capa do álbum “Origins”
Faixas:
1 – Origins (The Day I Died)
2 – Lethal Awakening
3 – Inferno Veil
4 – Ego Pt I
5 – Ego Pt II
6 – Finally Home
7 – Rising up to Life
8 – No Mind
9 – Blind Messiah
10 – S.S.D (Signed, Sealed and Deliver)
11 – Kurenai (bônus)
Lançamento: 2010
Gravadora: Voice Music
O álbum é conceitual e conta a história do jovem Amagat, um jovem siberiano de uma distante tribo conhecida como a primeira tribo de xamãs do mundo. Os problemas começam quando ele irá passar pelo ritual que marca a chegada a fase adulta assim se tornando um guerreiro, mas o garoto acha que ser um guerreiro não faz parte dele. Assim é considerado pela tribo um covarde que resulta em sua fuga. O álbum conta em suas 10 músicas a jornada de Amagat nessa fuga buscando se descobrir e que o levara a se tornar um Shaman. A trama pode ser conferida aqui. O som da banda continua com bases no Power Metal e desta vez traz influencias do progressivo, além das influencias étnicas que sempre marcaram a banda.
A primeira faixa do álbum é uma intro com vários efeitos que nos ambienta na fuga de Amagat. Em seguida temos Lethal Awakening em que temos Léo Mancini “metralhando” riffs com sua guitarra super veloz. Uma música veloz que conta com um bom refrão e linhas de teclado que completam o som. Inferno Veil é a mais pesada do álbum, uma música rápida e agressiva que conta com um bom refrão e um ótimo trabalho de todos da banda, com destaque para o guitarrista Léo Mancini com uma boa levada e um ótimo solo. Ego Pt I traz o ambiente do xamanismo a tona com instrumentos exóticos que trazem o som étnico. Ego Pt II continua com as batidas tribais desse clima, mas já traz também o heavy metal. A música tem boas linhas vocais e um bom refrão, além de boas linhas de baixo. Aliás, o timbre do baixo de Fernando Quesada é muito bom!
Finally Home tem todo um toque especial dos teclados que dá um ar místico a música. A faixa tem um refrão grudento e boas linhas vocais, onde os destaques ficam para o baixo de Fernando Quesada e as linhas de teclado de Fabrizio Di Sarno. Rising up to Life começa calma com linhas de teclado e um vocal suave de Thiago Bianchi. A faixa não empolga muito, mas tem uma grande interpretação do vocalista Thiago Bianchi. No Mind traz de volta o peso com um riff de guitarra nervoso e a um ótimo trabalho de bateria. Blind Messiah começa suave com uma pegada étnica e depois ganha em peso e agressividade, destaque para o trabalho da bateria e o teclado. S.S.D é uma balada e finaliza o álbum de maneira suave, mas é uma música fraca dentro do álbum. A versão nacional do álbum vem com um DVD (que citei antes) como bonus e a versão japonesa vêm com a faixa Kurenai como bônus. É um cover da música da banda de metal japonesa “X Japan”, um dos grupos musicais japoneses de maior sucesso. A música magistral do X Japan foi muito bem interpretada pelo Shaman e o vocal do Thiago Bianchi ficou bem parecido ao de Toshi.
Enfim, um álbum que não revoluciona o metal, mas muito bem tocado e merece a audição dos amantes do rock pesado.
Novo site : http://www.shamanofficial.com.br/
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Comunidade no Orkut: http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=44352
Formação:
Thiago Bianchi – Vocal
Léo Mancini – Guitarra
Fernando Quesada – Baixo
Ricardo Confessori – Bateria
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