Hoje vou postar sobre a banda Tuatha De Danann (nome oriundo da mitologia celta que significa “Povo da Deusa Danú”) que foi formada em 1995 em Varginha no estado de Minas Gerais ainda sob o nome Pendragon, depois mudaram o nome para Tuatha De Danann. O som do grupo é o chamado Folk Metal, o som dos caras se caracteriza pelo que seria uma mistura do Heavy Metal com a música medieval e música celta. A banda foi pioneira a fazer esse tipo de som no Brasil e também é considerada a maior banda brasileira do gênero. Em 1999 a banda lançou um cd demo com o nome da banda, em 2001 lançaram o primeiro álbum “Tingaralatingadun” que recebeu ótimas críticas.
Em 2002 veio o álbum “The Delirium has Just Began” e em 2004 lançaram “Trova Di Danú” que até o momento é o último lançamento do grupo. Este último álbum foi muito elogiado e bem recebido e acabou gerando a primeira turnê internacional da banda que em 2005, durante essa turnê, o grupo se apresentou na Wacken Metal Battle do Wacken Open Air após sagrar se campeã da etapa nacional da Metal Batlle. O Wacken Open Air é o maior festival europeu de Heavy Metal e o Tuatha De Danann foi a primeira banda brasileira a ser campeã da Metal Batlle na sua etapa final em 2005 na Alemanha , título que voltaria para o Brasil em 2007 com o Torture Squad. No final de 2009 a banda lançou o DVD “Tuatha De Danann Acoustic Live” com versões acústicas de suas músicas e no final de 2010 o vocalista, flautista e fundador da banda Bruno Maia deixou a banda que ainda não apresentou um substituto. Vamos comentar sobre o último álbum dos mineiros.
Capa do álbum “Trova Di Danú”
Faixas:
1 – Bella Natura
2 – Lover of the Queen
3 – Land of Youth (Tir Nan Og)
4 – De Danann’s Voice
5 – The Land’s Revenge
6 – Spellboundance
7 – Believe It’s True!
8 – The Arrival
9 – The Oghma’s Rheel
10 – Trova Di Danú
11 – The Wheel
Lançamento: 2004
Gravadora: Paradoxx Music
O som da Tuatha De Danann pode ser definido como uma mistura de heavy metal tradicional e heavy metal melódico, pitadas de death metal e grande influência da música medieval, em especial a música celta. Particularmente, acho que os caras da banda são todos loucos para ter esses “delírios” e “devaneios” que lemos em suas letras e escutamos em seu som com muita originalidade e criatividade. Mas toda essa loucura fez nascer uma das mais criativas bandas do país.
Bella Natura abre o álbum com as flautas de Bruno Maia, uma música contagiante com um refrão que gruda na cabeça na primeira vez que se ouve. A música é rápida e pesada, com alguns momentos mais suaves e tem um alto astral que levanta qualquer um. Lover of the Queen começa com uma melodia dançante de flauta e tem um refrão marcante. Os destaques são para as guitarras distorcidas com riffs pesados e ótimos solos, as linhas de baixo bem técnicas e os corais. Land of Youth é outra música de altíssimo astral que contagia qualquer pessoa. Na faixa é a vez dos violões e do banjo que dão uma bela harmonia, nos fazendo imaginar estar na Irlanda em meio aos celtas. A faixa também conta com um bom solo de teclado e linhas vocais que lembram o Jethro Tull, uma das maiores influências da banda. De Danann’s Voice é uma pequena música puramente celta que em meio à melodia há o que seria a voz da deusa Danu. The Land’s Revenge começa rápida e pesada e depois entra uma melodia suave na base de violões. A música alterna momentos de fúria e velocidade com momentos mais calmos onde aparecem as flautas.
Spellboundance já é bem mais melódica que a anterior com melodias suaves dos violões e flautas e um refrão alto astral e grudento. Believe It’s True tem riffs certeiros e ótimos solos aliados a um bom refrão e a flauta que está mais rápida do que nunca acompanhando a guitarra, além de uma grande variedade de linhas vocais na música. The Arrival começa de forma cadenciada com vocal suave e melodias de flauta, mas vai ganhando em peso e velocidade na guitarra e na bateria se tornando uma música pesada. Destaque para os vocais típicos do Death Metal e o solo de guitarra. The Oghma’s Rheel é uma faixa instrumental em que os destaques ficam para o baixista Giovani Gomes e o baterista Rodrigo Abreu. Trova Di Danú tem a participação de Isabel Tavares nos vocais dando um toque especial, além do solo de violino. The Wheel finaliza o álbum e apresenta um pouco de tudo que ouvimos durante o álbum mais uma vez com a participação de Isabel Tavares.
Um belo álbum que une as guitarras distorcidas do metal às flautas, bandolins e gaitas de fole que te fazem viajar no delírio dos mineiros. Uma pena que tenha se passado tantos ano sem a banda lançar um álbum de inéditas e que tenham se separado do fundador Bruno Maia. Esperamos que a banda não acabe e logo esteja nos brindando com um novo trabalho.
Comunidade no orkut: http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=42045
Formação do álbum:
Bruno Maia – Vocal, Flauta, Guitarra, Violão
Rodrigo Berne – Vocal Gutural, Guitarra, Violão
Giovani Gomes – Vocal Gutural, Baixo
Rodrigo Abreu – Bateria
Um comentário:
Ótimo disco comprei-o assim q fora lançado, com certeza é a melhor banda de folk nacional e uma das melhores do Brasil!!
Postar um comentário