Olá, pessoal. Hoje vou postar uma velharia aqui, postarei sobre a banda paulistana chamada Viper que foi formada em 1985, liderada pelo baixista Pit Passarell. A banda também foi a primeira onde o hoje mundialmente conhecido Andre Matos atuou como vocalista. Na época da criação da banda seus integrantes não passavam de 16 anos e no lançamento do primeiro álbum “Soldiers of Sunrise” em 1987, Andre Matos tinha apenas 15 anos. “Soldiers of Sunrise” de 1987 e “Theatre of Fate” de 1989 são considerados dois dos maiores clássicos do rock pesado nacional.
A banda ainda lançou “Evolution” em 1992, “Coma Rage” em 1994, “Tem Pra Todo Mundo” em 1996 e “All My Life” em 2007, além de outros EPs, demos e uma coletânea. Atualmente os únicos membros originais na banda são o baixista Pit Passarell e o guitarrista Felipe Machado. Vou comentar sobre o clássico álbum “Theatre of Fate”.
Capa do álbum “Theatre of Fate”
Faixas:
1 – Illusions
2 – At Least a Chance
3 – To Live Again
4 – A Cry from the Edge
5 – Living for the Night
6 – Prelude to Oblivion
7 – Theatre of Fate
8 – Moonlight
Lançamento: 1989
Gravadora: Eldorado
“Soldiers of Sunrise” era totalmente baseado no tradicional heavy metal britânico dos anos 80(NWOBHM) e até rendeu para a banda o apelido de “Iron Maiden brasileiro”. Após o sucesso no Brasil e mais ainda fora do país no Reino Unido, em 1989 a banda lançou “Theatre of Fate” que não tinha mais esse aspecto da NWOBHM (New Wave of British Heavy Metal). Mais experientes, no álbum se nota arranjos mais trabalhados e melodias bem elaboradas e acabou indo para o chamado Heavy Metal Melódico. A mudança para o heavy melódico em 1989 dividiu os fãs, mas de fato a banda andou por caminhos que antes nunca alguém havia experimentado e ajudou a consolidar esse subgênero do metal. Se antes era o Iron Maiden brasileiro, agora era uma banda de identidade própria. Para perceber isso é simples, note as bandas que mais se aproximavam disso antes do Viper e depois do Viper. Ouça Prelude to Oblivion e depois ouça álbuns das maiores bandas do estilo como Blind Guardian (apartir de 1990), Edguy, Rhapsody, o próprio Angra e etc. Sem dúvidas umas das mais influentes bandas nacionais de Heavy Metal. A produção do álbum não é das melhores, óbvio se for considerar a época em que foi gravado, mas é bem melhor que a gravação do primeiro álbum do grupo.
Illusions é uma faixa instrumental com violão e teclado, depois entram as guitarras, bem climática. At Least a Chance conta com guitarras melódicas com riffs certeiros e cantantes, um teclado ao fundo dando um ar especial, ótimas linhas vocais e influência da música clássica, mostrando maior influência de Andre Matos nas composições deste álbum do que no anterior já que o vocalista na época iniciava seus estudos de música erudita. To Live Again tem um excelente trabalho de bateria, as guitarras soltam riffs certeiros e solos grandiosos e as linhas vocais se encaixam perfeitamente na música. A Cry from the Edge começa calma com violões e um extremamente melódico solo de guitarra que é impossível não emocionar qualquer amante do estilo. Após o solo, a música ganha em peso e velocidade, mostrando que na época o Viper unia peso e melodia como ninguém.
Living for the Night é um dos maiores clássicos da história do heavy nacional, uma intro calma com violão e um estupendo desempenho vocal de Andre Matos. A música se tornou na época um dos hinos do heavy metal no país. Prelude to Oblivion é outra música com claras influências da música clássica unida ao metal de um jeito que influenciou inúmeras bandas pelo mundo. Riffs certeiros, corais magníficos e um bom trabalho de bateria. Theatre of Fate é pesada, com guitarras rápidas e baixo pulsante. Moonlight se trata de uma adaptação da Sonata No. 14 de Ludwig Van Beethoven por parte de Andre Matos, mais uma vez mostrando a veia erudita do vocalista que colocou grande lirismo em sua voz.
Após a saída de Andre Matos do Viper que anos depois sairia da faculdade formado em composição e regência, além de cantor lírico e popular e habilitado em piano erudito e se tornaria um dos fundadores do Angra, a banda não conseguiu mais se manter no topo. Em 1996 a banda parou e regressou somente em 2005 e em 2009 pararam novamente. Atualmente não se sabe se o grupo está apenas parado ou se acabou definitivamente.
Myspace: http://www.myspace.com/viperbrazil
Formação do álbum:
Andre Matos – Vocal e Teclado
Yves Passarell – Guitarra
Felipe Machado – Guitarra
Pit Passarell – Baixo
Sérgio Facci – Bateria
Formação do álbum:
Andre Matos – Vocal e Teclado
Yves Passarell – Guitarra
Felipe Machado – Guitarra
Pit Passarell – Baixo
Sérgio Facci – Bateria
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