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quinta-feira, 28 de abril de 2011

DELINQUENTES - Indiocidio

Olá, pessoal. O post de hoje é sobre a banda Delinqüentes, uma veterana banda de Belém, no estado do Pará que me foi apresentada pelo Marcio do "Portal do Headbanger", blog indispensável aos headbangers paraenses e aos amantes da cena nacional. Com bases no Hardcore e influencias do Thrash Metal e do Punk Rock, a banda tem 24 anos de estrada e um som moderno, peculiar e também agressivo e contagiante, sempre com letras atuais e que tentam fugir do lugar comum.

Em 2000 teve seu 1º CD oficial lançado (Pequenos Delitos), que teve uma boa repercussão pela mídia especializada e pelos amantes do estilo, chegando a receber nota 9 na revista Rock Brigade (SP), sendo considerada pela revista como um dos melhores lançamentos de Hardcore do ano. Na mesma época sai em turnê pelo nordeste, tocando posteriormente em São Paulo e Rio de Janeiro, dividindo o palco com grandes bandas do estilo como o Cólera, Ação Direta, Devotos (PE) e outros. Em Belém, já teve a honra de fazer o show de abertura de: Ratos de Porão, Raimundos, Replicantes, Shelter (E.U.A.), Daniel Beleza, Inocentes, Garotos Podres, D.F.C. (DF), Macakongs (DF), Rock Rocket, Superguids e vários outros, tendo participado também de grandes festivais na cidade, tanto no passado (Rock 24 Horas, Variasons), como nos eventos atuais (três edições do Se Rasgum no Rock e duas do Fest Rock, para ficar em alguns), sendo sempre destaque pelo seu som e performance com o público.

Em 2006, a banda participou da 3ª mostra competitiva de curta metragem Paraense, concorrendo com seu clipe "Suíno Homo Sapiens" ao prêmio Ná Figueredo, ficando em 2º lugar. Seu mais novo clipe, "Vagamundo", tem sido bastante veiculado na programação da TV Cultura local.

Atualmente, a banda divulga o seu 2º CD, Indiocídio, contendo 17 músicas do mais puro hardcore crossover e que já vem colhendo boas críticas, tanto pela elogiada arte gráfica, quanto pela boa qualidade de gravação. Também conta com participações especiais de grandes nomes do rock Paraoara como: Sammiliz (Madame Saatan), Raphael (D.H.D.), Andrey (I.O.N.) e Bruno (Telaviv).

Capa do álbum “Indiocidio”
Faixas:
1 – Indiocídio
2 – Matança de Animais
3 – L’Uomo Delinquente
4 – Mundo Vazio
5 – Ídolos Mortos
6 – Beijo de Judas
7 – Utopia Milenar
8 – Marionete do Poder
9 – Delinquentes
10 – Vagamundo
11 – Yanomamis
12 – Homens ou Ratos
13 – Suíno Homo Sapins
14 – Cicatrizes de Guerra
15 – Migração
16 – Escravidão Atual
17 – Pescador
Lançamento: 2009
Gravadora: NÁ MUSIC

O álbum começa com a faixa Indiocídio com indígenas fazendo uma espécie de canto e depois entram a bateria e a guitarra. A faixa tem riffs bem sacados e uma boa pegada na bateria. Matança de Animais é uma daquelas faixas para o povo gritar e cantar em uníssono nos shows, uma ótima parte acústica no meio da faixa muito bem elaborada e a letra também é bem interessante. Em L’Uomo Delinquente, os destaques ficam para as linhas de baixo e o solo de guitarra. Em Mundo Vazio quem se sobressai é o vocalista Jayme Katarro com boa interpretação, os backing vocals também são bem encaixados e os riffs de guitarra certeiros. Em Ídolos Mortos a dobradinha guitarra/baixo está super entrosada, linhas vocais interessantes e letra empolgante, a música conforme vai se aproximando do final chega ao seu ápice. Beijo de Judas é bem curta com destaque para a guitarra com um riff grudento e um bom solo. Os backing vocals também estão muito bem postados nesta faixa. Em Utopia Milenar sem dúvidas quem se sobressai é o baixista Pablo Cavalcante com seu baixo com ótimas linhas logo no inicio e pulsando a todo o momento. Marionete do Poder é acaba tendo pouco destaque no álbum, mas mesmo assim é de se exaltar o trabalho do baterista Raphael.

Delinquentes é bem rápida com ótimas linhas de baixo no meio da música e uma boa levada na guitarra. Vagamundo mostra uma cozinha entrosada, um ótimo trabalho na guitarra, backing vocals bem colocados, e a letra empolga bastante. Yanomamis começa com um barulho que simula uma serra elétrica, a faixa tem uma letra interessante, a cozinha se mostra muito bem novamente e o vocal e os backing vocals muito bem postados. Homens ou Ratos se destaca pela simplicidade e letra direta e perturbadora. Suíno Homo Sapins tem pouco mais de 1 minuto de música com destaque para o baixista. Cicatrizes de Guerra é bem porrada com destaque para as linhas vocais gritadas do álbum. Migração apresenta bons riffs de guitarra e também um bom solo de guitarra. Os backing vocals estão como sempre bem encaixados. Escravidão Atual e Pescador são as faixas finais, não me agradaram muito, mas não deixam de ser boas músicas.

O álbum é muito bom, faz um tempo que não me empolgava tanto como aconteceu com algumas músicas de Indiocidio, e sem dúvidas vocês não irão se arrepender de dar uma conferida no trabalho dos caras.






Contatos:
E-mail: delinquentes.hc@gmail.com
Fones: 91) 3222-1810 / 8803-7259 (c/ Jayme)

Formação:
Jayme Katarro – Vocal
Pedrinho – Guitarra
Pablo Cavalcante – Baixo
Raphael – Bateria













Acessem também o Portal do Headbanger para descobrir mais da cena metal do Pará.

terça-feira, 26 de abril de 2011

MUSICA DIABLO - Musica Diablo

Olá, pessoal. O post de hoje é sobre a banda paulista Musica Diablo que nasceu na cidade de Santo André em 2008 quando Andre NM (Nitrominds) decidiu juntar os amigos para fazer um som. Após gravarem algumas músicas demo, Andre saiu em busca de um vocalista e algum tempo depois Derrick Green (Sepultura) foi anunciado como o vocal do Musica Diablo.

O processo de composição continuou e em 2009 anunciaram a entrada de um segundo guitarrista, Andre Curci (Threat) entrou para o grupo. No ano passado o “Musica Diablo”, primeiro álbum da banda foi lançado e teve boa repercussão na Europa por onde a banda já excursionava antes mesmo do lançamento do álbum, e o mesmo se espera quando for lançado na América do Norte. Um videoclipe deve sair em breve (sem música definida ainda) e o segundo álbum já tem previsão de lançamento para final de 2011 ou começo de 2012. Vamos falar um pouco do primeiro trabalho da banda.

Capa do álbum “Musica Diablo”
Faixas:
1 – Sweet Revenge
2 – Sacrifice
3 – Live to Buy
4 – Underlord
5 – Work Out
6 – Lifeless
7 – In the Name of Greed
8 – Betrayed
9 – The Flame of Anger
10 – Twisted Hate
11 – The Rack
Lançamento: 2010
Gravadora: Voice Music

O som da banda vai do Thrash Metal old school ao Hardcore e Crossover com um som cru e direto com faixas curtas. Apesar das inevitáveis comparações com as bandas principais dos integrantes, em especial o Sepultura, o Musica Diablo se mostra distante tanto do Sepultura como do Nitrominds e do Threat.

O álbum já começa na porrada com Sweet Revenge no melhor estilo thrash oitentista, rápida, pesada e que te leva facilmente a um bate cabeça num show. Sacrifice tem uma bateria super veloz e destruidora com Derrick alternando os vocais rasgados com vocais mais guturais. Live to Buy é mais uma veloz e pesada que no começo flerta com o death metal e depois se torna hardcore. Underlord vem em seguida e não te deixa nem respirar, quebradeira total com a cozinha mandando muito bem e bons riffs e solos de guitarra. Work Out é mais cadenciada que as anteriores, mas não deixa a poeira baixar com bons riffs, mas o destaque fica mesmo para o vocal.

Lifeless tem linhas vocais mais brutais e se nota um pouco de groove. Os destaques ficam para as guitarras com riffs certeiros e a ótima interpretação vocal. In the Name of Greed tem como destaques o baixo pulsante, boas linhas vocais e um bom refrão. Betrayed aparece com grande influência do hardcore e o trabalho na bateria é ótimo, além do bom solo de guitarra. The Flame of Anger é mais uma bem hardcore com destaque para a guitarra. Twisted Hate segue na linha das anteriores e a banda toda se destaca. Ótimo solo de guitarra, bateria destruidora, vocal muito bom e boas linhas de baixo. The Rack fecha o álbum em grande estilo da maneira como começou, porrada para todo lado.




Formação:
Derrick Green – Vocal
Andre NM – Guitarra
Andre Curci – Guitarra
Ricardo Brigas – Baixo
Edu Nicollini – Bateria

sábado, 23 de abril de 2011

ANGRA - Aqua

Olá, pessoal. Nessa postagem vou falar um pouco do mais recente lançamento da banda paulistana Angra. Para qualquer fã de Heavy Metal o Angra dispensa apresentações, mas para os que não acompanham tanto o estilo, essa banda paulistana formada em 1991 lançou em sua carreira até o momento sete álbuns de estúdio, além de um DVD, dois álbuns ao vivo, quatro demos e quatro EPs. A banda já esteve em varias turnês fazendo shows pela Europa em países como Itália, França, Espanha, Suiça, Bélgica, Alemanha, Portugal, Grécia, Suécia, além de shows em vários países da América do Sul e shows na Ásia e América do Norte.

O Angra é reconhecido em todo o mundo e é considerada uma das maiores bandas do Metal Melódico, estilo que ajudou a expandir  pelo mundo e também uma das mais importantes bandas da história do rock nacional. Angra se tornou conhecida pela mistura unica de Heavy Metal com Música Erudita e com a brasilidade usando ritmos regionais brasileiros (que causou grande influência, hoje observamos várias bandas trazendo essa brasilidade) e pelo alto nível técnico instrumental. A banda teve uma formação de 1993 até 2000, então por vários problemas saíram da banda Andre Matos (Vocal), Luis Mariutti (Baixo) e Ricardo Confessori (Bateria). Os guitarristas Rafael Bittencourt e Kiko Loureiro reformularam a banda com a entrada de Edu Falaschi (vocal), Felipe Andreoli (baixo) e Aquiles Priester (bateria) e essa formação durou de 2000 até 2008, quando o baterista Aquiles saiu da banda. Em 2009 Ricardo Confessori voltou a ser o baterista da banda. Bom, vamos falar um pouco do último cd do Angra chamado “Aqua” que traduzido do latim para o português significa Água. Em 2011 o grupo está completando 20 anos de existência e em breve muitas novidades devem ser anunciadas (como a gravação de um novo DVD) e a banda tocará no Rock In Rio esse ano também.

Capa do álbum “Aqua”
Faixas:
1 – Viderunt Te Aquae
2 – Arising Thunder
3 – Awake from Darkness
4 – Lease of Life
5 – The Rage of the Waters
6 – Spirit of The Air
7 – Hollow
8 – A Monster in Her Eyes
9 – Weakness of a Man
10 – Ashes
11 – Lease of life (remixed version)
Lançamento: 2010
Gravadora: Produzido pela banda e distribuído pela JVC e SPV

O álbum é baseado na obra “A Tempestade” de William Shakespeare que narra à trama de Próspero, ex-duque de Milão, um sábio amante da arte da magia negra. Próspero é traído por seu irmão Antonio que queria tomar seu lugar, Antonio é ajudado por outros nobres a dar um golpe em seu irmão e após o golpe abandonam Próspero e sua filha Miranda em uma ilha deserta, que é o cenário da obra. Anos depois uma comitiva real que passava perto dessa ilha era uma comitiva que levava esses mesmos nobres que traíram Próspero, então o ex duque usando suas artes negras cria uma grande tempestade que abate os navios reais e as águas fazem com que os tripulantes sejam trazidos para essa ilha, onde Próspero planeja terminar sua vingança. Porém, como de costume nas obras de Shakespeare o amor irá se por contra a vingança e a filha de Próspero apaixona-se se pelo filho do rei de Nápoles, o resto da trama você descobre lendo a obra e também ouvindo o álbum. O álbum é bem diferente dos seus antecessores, não é tão técnico como "Temple of Shadows" e "Aurora Consurgens" e também é bem mais leve.

A primeira faixa é uma intro instrumental que ambienta o ouvinte no clima do álbum. Em seguida temos Arising Thunder, um tradicional Speed Metal veloz e furioso com destaque para o guitarrista Kiko Loureiro. Awake from Darkness começa com um riff criativo e tem como um dos destaques o baterista Ricardo Confessori com uma pegada étnica na bateria com batidas que lembra o baião, inclusive essa parte étnica é uma especialidade do baterista. O trabalho dos guitarristas Kiko Loureiro e Rafael Bittencourt também é excepcional e ainda há de se destacar um solo com piano e violino no meio da música antes do solo de guitarra. Lease of Life (que foi escolhida como clipe... odeio essa idéia de colocar as baladas para ser o clipe rsrs) é uma balada bem leve, simples e diferente de todas as baladas da banda e acaba sendo bem diferente do que se escuta geralmente num álbum de Heavy Metal, indo bem pro pop. The Rage of The Waters também tem uma pegada étnica com ritmos do nordeste do país fundido a um som mais próximo do heavy tradicional com destaque para o solo de baixo de Felipe Andreoli.

Spirit of the Air é mais cadenciada e leve (algo comum na segunda parte do álbum) e começa com uma levada espanhola e alterna entre momentos de peso e cadencia com uma bela melodia. Ainda há destaques para um coral bem épico antes do solo e os vocais de Edu são cheios de feeling nessa música. Hollow começa com um típico riff de Thrash Metal com uma paulada no começo, mas que depois se torna bem limpa com um ótimo solo de guitarra. A Monster in Her Eyes tem seu trunfo na interpretação de Edu Falaschi que vai de um momento bem calmo no inicio para momentos bem agressivos ao longo da faixa. Weakness of a Man é mais uma com uma pegada étnica com uma intro no berimbau e que vai por um lado bem pop, assim como em Lease of Life, a banda ousou andar por um caminho bem diferente para o Heavy Metal, mas longe de tornar o álbum “menos heavy metal” antes que os fãs xiitas se revelem. Para fechar o álbum vem Ashes com um teclado soturno e com uma magnífica interpretação do vocalista Eduardo Falaschi (de maneira que poucas vezes escutei na minha vida) que contribui em muito para dar o clima sombrio da música. Há nessa faixa participação especial da cantora Débora Reis.

Alguns podem dizer que “Aqua” tem muitos momentos cadenciados e que faltou peso a partir da segunda metade do álbum e não discordo disso. Mas é claro que para fazer a releitura dessa obra de Shakespeare à banda não podia continuar com o peso que tinha apresentado nos dois últimos álbuns, pois se a banda deixasse fluir todo o peso apresentado, por exemplo, em “Aurora Consurgens” perderia todo o clima que liga o álbum a obra e não faria sentido algum. O Angra retratou de forma impecável, como pouquíssimos fariam, essa obra em seu álbum, que é bastante variado e difícil de atribuir qualquer rótulo. Tudo encaixa bem, os momentos progresivos, os momentos de fúria e velocidade, os momentos cadenciados, as pegadas étnicas... O ambiente criado é perfeito e tudo flui como água (infame trocadilho hehe)!





Site da banda: http://www.angra.net/

Formação atual:
Eduardo Falaschi – Vocal
Rafael Bittencourt – Guitarra
Kiko Loureiro – Guitarra
Felipe Andreoli – Baixo
Ricardo Confessori – Bateria

quinta-feira, 21 de abril de 2011

ANGRA - Banda plagiada pelo Parangolé

Nos últimos dias vimos surgir uma grande confusão... O grupo parangolé (o do rebolation) teria usado em sua música "Azevixe" um riff da música "Nova Era" do Angra. Um fã da banda de Heavy Metal teria mostrado ao baixista Felipe Andreoli a música e logo depois Felipe teria enviado aos outros integrantes da banda. No inicio achei que era uma piada uma banda de axé plagiando uma de Heavy Metal... Mas esse mundo está perdido mesmo.

O guitarrista Kiko Loureiro (que criou o riff) e o baixista Felipe Andreoli comentaram em seus twitters sobre o plágio e o líder do Parangolé, Léo Santana, fez uso de palavras desnecessárias em resposta aos músicos do Angra em um bate boca via Twitter.









































A música "Azevixe" é de 2006 (Nova Era de 2001) quando Léo Santana ainda nem estava no grupo e foi relançada recentemente com ele como cantor. Confira o plágio:



Fãs do Angra criaram no twitter a hashtag #parangolixo, uma maneira de zuar um pouco com a situação que foi aderida por todos fãs da banda e também simpatizantes. A hashtag acabou indo parar nos trend topics do Brasil (os assuntos mais comentados do twitter no Brasil) em primeiro lugar e virou noticia em vários sites na internet (uol, globo.com, terra e etc) e também foi parar na televisão, inclusive no Jornal da Globo.

Quem disse que a cena metal não é unida? rsrs. Depois da confusão o produtor musical do Parangolé explicou em uma entrevista ao Jornal da Globo o que aconteceu, confiram:



De maneira impressionante, o Angra parece ser tão influente que até grupos de forró já fizeram suas versões para algumas músicas da banda. A Calcinha Preta gravou "Agora Estou Sofrendo" que originalmente era "Bleeding Heart", o grupo Moleca 100 Vergonha gravou "O Alvo" que era originalmente "Stand Away", dentre outras, mas estes grupos pagaram os direitos autorais e foi tudo combinado.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

A RED NIGHTMARE - A Red Nightmare

A banda surge em 2010 na cidade de Belém no estado do Pará quando Zé Lucas (vocais), Patrick Corrêa (guitarra), Igor Sampaio (guitarra), Denys Ferreira (baixo) e Luciano Camara (bateria) se juntaram para mostrar a indiferença da sociedade perante temas como de escândalos políticos, destruição ambiental e guerras fomentadas, dentre outros assuntos pertinentes, que são pauta na mídia, mas que pouca importância é dada pela massa. Fazendo assim da máxima de Néstor Canclini quando afirma que, "senso comum não combina com bom senso"... Eis nossa realidade.

Para expurgar todo esse pesadelo, eles se munem de riffs pesados e violentos com passagens cadenciadas, porém embalados em letras devidamente afiadas, para jogar na cara dos apáticos todo o descontentamento, tal qual um tiro de 12. A Red Nightmare está lançando a sua primeira demo e é sobre ela que vou comentar um pouco. Vale lembrar ainda que a banda está na seletiva paraense da Wacken Metal Battle.

Capa da demo
Faixas: 
1 - Earth's Revenge
2 - Koloniale Raubwirtschaft
3 - While Someone Has Drowsiness
Lançamento: 2011
Gravadora: Independente

A demo começa com Earth's Revenge com um riff matador e pedal duplo na bateria. Entra o vocal que fica entre o gutural e o scream e a porrada aumenta, as guitarras mantem o peso durante toda a faixa com bons riffs, grande trabalho na bateria e o vocal também é destruidor. Koloniale Raubwirtschaft já começa com as guitarras alucinadas disparando riffs velozes e furiosos. A faixa tem um bom solo de guitarra, bateria se mantem quebrando tudo e o baixo marca mais presença que na anterior, apresentando um ótimo trabalho. While Someone Has Drowsiness logo de cara nos apresenta a bateria no pedal duplo e linhas de vocal gutural, durante toda a faixa o vocal se mostra perfeito. As guitarras continuam pesadas e a cozinha se mostra entrosada. 

Um ótimo lançamento desta banda que apresenta um pouco de hardcore, deathcore e metalcore, dentre outros e que mostra que não é a toa que A Red Nightmare estar na seletiva paraense da Wacken Metal Battle. Sem dúvidas um trabalho que mereçe ser ouvido por qualquer um que goste de um Heavy Metal bem feito.



Download da demo: http://www.mediafire.com/?9v20v48eow9ohwn
(Obs: Não há CD físico e o download é autorizado pela banda)

Contatos:
arednightmare@gmail.com
Zé Lucas: (91) 8702 8350
Patrick Corrêa: (91) 8291 2503
Denys Ferreira: (91) 8846 3004


Formação:
Zé Lucas (Vocal)
Patrick Corrêa (Guitarra)
Igor Sampaio (Guitarra)
Denys Ferreira (Baixo)
Luciano Camara (Bateria)

quinta-feira, 14 de abril de 2011

IMAGO MORTIS - Vida: The Play of Change

Finalmente uma banda do Rio de Janeiro para alegria de quem disse que eu era anti o Rio de Janeiro rsrs. Brincadeiras à parte, a Imago Mortis é uma banda de Doom Metal formada no Rio de Janeiro em 1995. Seus temas líricos são focados e inspirados pela morte e pela filosofia existencialista, a idéia central da banda é que o caminho para dar um sentido à vida é compreender a mortalidade do homem. “Imago Mortis” é uma expressão em latim que seria algo como “Imagem da Morte”.

O primeiro álbum dos cariocas foi “Images from the Shady Gallery” que foi bem recebido pela critica especializada. Em 2002 o grupo lançou “Vida – The Play of Change” que consolidou a banda como uma das melhores do país na época. No ano de 2006 veio o álbum “Transcendental” que até o momento é o último da banda. Devido a uma série de problemas a banda parou suas atividades logo após o lançamento do álbum. Agora em 2011 a banda voltou suas atividades e novidades estão por vir. Vamos a resenha do álbum que é considerado por muitos o melhor da banda, “Vida – The Play of Change”.

Capa do álbum “Vida – The Play of Change”
Faixas:
1 – Long River
2 – Central Hospital
3 – Three Parchae
4 – Pain
5 – Envy
6 – Me and God
7 – The Silent King
8 – Insomnia
9 – Terminal Christ
10 – Unchained Prometheus
11 – Saudade
Lançamento: 2002
Gravadora: Die Hard Records

No álbum anterior a Imago Mortis explorou em seus temas líricos o lado escuro da mente, refletindo sobre as ligações amor-morte, religião-morte e arte-morte. Vida é um álbum conceitual e vai ainda mais fundo, o álbum conta a história de uma pessoa que sofre de VIDA, uma doença terminal e sem cura. Cada música conta um passo da história, do estado da pessoa que leva o encontro dessa pessoa com a morte. Os membros da banda disseram que para elaborar este conceito fizeram muitas pesquisas sobre estudos realizados com doentes terminais e com obras filosóficas sobre o tema. Além disso, visitaram hospitais para ter contato com médicos e pacientes terminais.

Long River abre o álbum com uma boa melodia e riffs cortantes. Os backing vocals bastantes presentes na música dão um toque especial. O vocal de Alex se encaixou muito bem na música e a bateria tem uma boa pegada. Central Hospital é a faixa seguinte, onde a maior parte só há voz e piano. Os efeitos da música nos levam a imaginar estar sozinhos num hospital. Por volta da metade da faixa os riffs de guitarra vão adicionando peso a música. Uma ótima música onde o personagem (chamado como ME) acorda e percebe que está num hospital. Three Parchae tem um ótimo instrumental com destaque para a guitarra distorcida de Fabrício Lopes. O piano de Alex Guimarães também marca presença e o maior destaque da música é Alex Voorhees que interpreta o personagem de maneira magnífica, passando ao ouvinte todo o desespero e desolação do personagem ao receber a notícia que está morrendo. Pain é a mais agressiva e rápida do álbum, os vocais são mais gritados e urrados que passam toda a dor do personagem que clama por anestésicos. Destaques para o baixo e a bateria que deixam a música com uma ótima levada, e o piano que em um momento da música surge em meio à fúria dando um toque bem psicopata rsrsrs. Envy é mais uma faixa pesada com influencia da música clássica tirada de Toccata And Fugue In D Minor de Bach. Nesta faixa impossível não destacar o baterista André Delacroix com muita técnica e varias variações, a música mais complexa do álbum. A letra é uma das mais fortes e tensas do álbum, fala da inveja do doente ao ver pela janela do hospital as outras pessoas, a felicidade delas o faz ficar ainda pior.

Me and God é uma balada onde marcam presença os violões. Tem uma melodia agradável na guitarra e no violão, além de um ótimo solo. Ainda se destacam o vocal limpo de Alex e as linhas de teclado. Aqui o personagem já em total desespero tenta apelar para Deus, rezando e pedindo perdão em troca de prolongar sua vida. The Silent King tem uma sonoridade mais rock’n roll, onde o personagem já está cansado e começa a sonhar com o diabo (o rei silencioso). A música tem bons solos de guitarra e uma cozinha muito entrosada. Os vocais são um pouco mais rasgados. Insomnia é bem climática, inicia com um longo e inspirado solo de guitarra. As linhas de teclado junto ao andamento da música e os sussurros ao fundo dão um ar bastante melancólico à música onde o personagem passa a noite, sua última noite refletindo sobre a morte. No fim a música ganha em peso, e o vocal de Alex merece destaque pela interpretação. Terminal Christ segue com o clima da anterior e o personagem desiste de vez da vida e também marca a morte do personagem. Os destaques são o baterista André Delacroix e o guitarrista Fabrício Lopes, além do teclado que preenche muito bem a música. Unchained Prometheus é uma música instrumental no piano de Alex Guimarães, bem melancólica, simula o funeral do personagem. Saudade finaliza o álbum, segundo a banda é versada em português pelo fato da palavra só existir no português. A música é cantada por Fabrício Lopes e levada no violão e simboliza os bons momentos e boas recordações que temos das pessoas queridas.

Um trabalho magnífico da Imago Mortis, que não á toa foi considerado um dos melhores trabalhos do metal nacional quando foi lançado.






Formação no álbum:
Alex Voorhees – Vocal
Fabrício Lopes – Guitarra e Backing Vocal
Fabrício Barretto – Baixo e Backing Vocal
Alex Guimarães – Teclado, Órgão, Hammond e Backing Vocal
André Delacroix – Bateria

Formação atual:
Alex Voorhees – Vocal
Rafael Rassan - Guitarra
Marcelo Val - Baixo
Marcos Ceia - Teclado
André Delacroix - Bateria

domingo, 10 de abril de 2011

TERRA PRIMA - And Life Begins

Hoje apresentarei para vocês a banda pernambucana chamada Terra Prima. Formada em 2004, a banda já passou por algumas trocas na formação durante os seis anos de existência e lançaram um promo-cd chamado “Life Carries On”, o EP “Step By Step”, até que em 2010 lançaram o seu primeiro álbum “And Life Begins”. Segundo os integrantes da banda, o nome que traduzindo do latim para o português significa “Primeira Terra”, deve ser entendido como “A Terra em sua essência ou origens”. Com base nisso, a principal característica da banda é unir ao Heavy Metal sons e ritmos de varias partes do mundo.  Vamos então falar do álbum, que foi bem aceito pela crítica e está vendendo muito bem no Japão, e que deve resultar numa turnê da banda pela Europa no segundo semestre desse ano.

Capa do álbum “And Life Begins”
Faixas:
1 – GateZzzZzz
2 – Time to Fly
3 – Rage
4 – Await the Story’s End
5 – New Dawn
6 – Prelude to Life
7 – And Life Begins
8 – Step by Step
9 – Gain
10 – Life Carries On
11 – Essence
Gravadora: Produzido no estúdio Mr. Som e com distribuição pela Voice Music

O Terra Prima tem clara suas maiores influências no Angra. O álbum que mescla o Heavy Metal com ritmos como o baião, maracatu, flamenco, salsa e tantos outros ritmos, em certo ponto lembra o “Holy Land” do Angra que unia vários ritmos brasileiros com o Heavy Metal e que o Angra sempre fez em seus outros álbuns em menor intensidade. Claro que a banda não é uma cópia dos paulistanos, pois conta com ritmos de fora do país também, dentre outras características que os diferem.

A primeira faixa é instrumental e já nos presenteia com as influências regionais, a faixa conta com participações especiais Gilmar Bolla 8 do Nação Zumbi e da Babi Jaques. Time to Fly tem uma pegada mais progressiva com boas passagens de baixo e um interessante solo de teclado e um bom refrão. Em Rage o destaque vai para o baterista e as boas linhas vocais. Await the Story’s End tem um inicio bem cadenciado com um vocal suave e ótimas linhas de piano para depois ganhar em peso e velocidade. Aqui podemos notar a influência da salsa entre outros ritmos, além de um refrão grudento e um bom solo de guitarra. Em New Dawn o ritmo da vez é o flamenco, a música começa de forma cadenciada e depois ganha em peso e velocidade, mais uma faixa com um bom refrão e ainda conta com a participação especial de Andria Busic do Dr.Sin, simplesmente excepcional a participação do vocalista do Dr.Sin junto a Daniel Pinho.

Prelude to Life é instrumental e como o nome diz é um prelúdio para a faixa seguinte que é a que leva o título do álbum. And Life Begins tem um bom trabalho dos guitarristas e interessantes passagens de teclado, um bom solo de baixo seguido por um ótimo solo de guitarra. Step by Step é uma balada com um ótimo trabalho de vozes e boas linhas de piano, além de um bom trabalho conjunto de guitarra/teclado. O vocalista nos brinda com uma grande interpretação, e ainda temos um virtuoso solo de guitarra. Gain é a mais Speed Metal do álbum com destaque para a bateria e as guitarras, ainda com boas linhas de teclado. Life Carries On é rápida e tem como destaque o vocalista e o baixista, e como sempre um bom solo de guitarra. Essence finaliza com chave de ouro com a participação especial do guitarrista do Angra, Rafael Bittencourt, mas aqui ele não usa a guitarra e sim a voz, já que agora ele é guitarrista do Angra e guitarrista e vocalista do seu outro projeto, o Bittencourt Project.

A Terra Prima é uma banda que já está colhendo os frutos desse bom álbum, mas é nítido que o grupo tem ainda muito potencial para se desenvolver e os próximos trabalhos, onde já terão mais experiência podem ser ainda melhores e ousar um pouco mais ainda com a idéia de pegar ritmos do mundo todo para mesclar com o metal.







Formação:
Daniel Pinho – Vocal
Otávio Mazer – Guitarra
Diego Veras – Guitarra
Pedro Diniz – Baixo
João Nogueira – Teclado
Tiago Guima – Bateria

sábado, 9 de abril de 2011

SCREAM OF DEATH - Scream of Death

A banda Scream of Death iniciou suas atividades na cidade de Castanhal no estado do Pará em fevereiro de 2008 com Thiago Leal (vocal), Ariel Casimiro (guitarra), Júnior Mattos (baixo) e Claudio Camões (bateria), com influências de bandas como Death, Slayer, Torture Squad, Sepultura, Kreator, entre outras.

Com pouco mais de um ano de formação a banda decide colocar mais um guitarrista, e entra Murilo Master para completar o quinteto. Alguns meses depois, Júnior (baixo) sai da banda e dá a vez para Alexandre Ferreira, atual baixista. O Scream of Death toma foco em músicas autorais e entram em estúdio pela primeira vez em dezembro de 2010, e lança sua demo "Scream of Death". Atualmente a banda está fazendo shows e ganhando admiradores por onde passa. Sem perder tempo, continuam trabalhando pesado em novas músicas para lançar seu CD oficial.Vamos a demo lançada pela banda.

Capa da demo "Scream of Death"
Faixas:
1 - Intro
2 - Scream of Death
3 - Slaves
4 - Head Graves
5 - Mindtrips
Lançamento: 2011

A primeira faixa da demo é uma intro instrumental que dada as suas devidas proporções, me lembrou um pouco as intros do Torture Squad. Scream of Death começa de vez a porrada com um riff que fica na cabeça na primeira vez que você ouve. O baixo fica sozinho e dá um toque especial antes de entrar o vocal. A música segue numa ótima levada das guitarras, cozinha bem entrosada e boas linhas vocais. Slaves começa com bons riffs aliados a um bom trabalho na bateria e continua numa levada intensa. Destaque para o solo de guitarra. 

Head Graves é mais uma onde os guitarristas apresentam um ótimo trabalho mesclando bem velocidade e peso. A cozinha mais uma vez se mostra entrosada. Mindtrips não acrescenta nada de novo ao álbum, segue na linha das anteriores, uma boa música com destaque para o vocalista.

OBS: Sem vídeos, foi a banda que entrou em contato com o blog para divulgação do trabalho.

No Myspace da banda a demo pode ser ouvida na íntegra: http://www.myspace.com/screamofdeath
Perfil no Orkut:
Comunidade no Orkut:

Contatos:
E-mail/MSN: thiagoaugustoleal@hotmail.com
Fones: 81295900, 88792040, 88395199


Formação:
Thiago Leal - Vocal
Murilo - Guitarra
Ariel Casimiro - Guitarra
Alexandre - Baixo
Claudio Camões - Bateria


quarta-feira, 6 de abril de 2011

SOULSPELL METAL OPERA - Final do Concurso Cante no Soulspell 2011

O concurso cante no Soulspell 2011 que inicialmente tinha cerca de 160 inscritos chegou a sua final! Após as duas semi finais que ocorreram nos dois últimos finais de semana e que contaram com os 40 cantores que haviam passado até a fase semi final, teremos no dia 10 de Abril a grande final do concurso com os 22 melhores. A final será no Blackmore Bar em São Paulo a partir das 19 horas. Para quem está por fora do concurso, veja mais informações aqui na página do blog para o Soulspell.


Os finalistas são:
André Rima 
Bernardo Silveira
Carlos Stephan
Cristiano Santana
Dan Figueiredo
Fábio Gamonar
Fagner Limam
Gil Duarte
Gil Lopes
Lane Lothlórien
Lígia Ishitani
Luana Campos
Lucca Medeiros
Luís Fonseca
Marcos Bolsoni
Michel Souza
Nanda Hay
Paula Kel
Pedro Campos
Rodrigo Godoy
Rodrigo Gonçalves
Victor Emeka

Vários ótimos vocalistas do nosso país cantando na mesma noite e no final do concurso ocorrera uma jam de candidatos e jurados, dentre os jurados estão: Eduardo Falaschi, Tito Falaschi, Leandro Caçoilo, Christian Passos, Daisa Munhoz, entre outros.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

HANGAR - The Reason of Your Conviction

A banda Hangar foi formada no ano de 1997 em Porto Alegre e no inicio tocava covers de Helloween, Stratovarius, Dream Theater, entre outros. Logo a banda começou a se tornar conhecida pelos ótimos shows que fazia e decidiu investir em sons próprios. Em 1999 lançaram o primeiro álbum, chamado “Last Time” que foi muito bem recebido e a banda considerada revelação nacional. De lá até hoje a banda lançou mais quatro álbuns, “Inside Your Soul” de 2001, “The Reason Of Your Conviction” de 2007 e “Infallible” em 2009.

A banda demorou seis anos para lançar seu terceiro álbum após o segundo pelo fato do baterista e líder do grupo, Aquiles Priester, ter entrado para o Angra em 2001 e que acabou tomando todo o tempo do renomado baterista. Com isso a banda mesmo não lançando material inédito só teve a ganhar, pois entre 2001 e 2008, período em que Aquiles ficou no Angra, ele se tornou conhecido no mundo todo como um dos melhores bateristas progressivos do planeta. Por vários motivos Aquiles “Polvo” Priester (apelidado carinhosamente de polvo pelos fãs devido à força e velocidade com que toca, algo que um pobre mortal só faria igual se tivesse uns oito braços) saiu do Angra em 2008 e desde então se dedica totalmente ao Hangar e a vários workshops de bateria que realiza pelo mundo.

O Hangar atualmente só conta com o próprio Aquiles dos membros originais, mas a formação que fez a banda explodir foi a de 2007 que hoje é quase a mesma, só trocaram de vocalista no começo de 2009 quando Nando Fernandes alegou incompatibilidade de relacionamento com alguns membros. Para seu lugar veio Humberto Sobrinho, vocalista da banda Glory Opera. Alguns posts atrás comentei sobre o álbum "Infallible" de 2009 que até o momento é o último lançamento da banda, hoje irei comentar sobre "The Reason Of Your Conviction" de 2007, penúltimo lançamento da banda e também o álbum que fez a banda ser considerada hoje uma das principais bandas do Heavy Metal Tupiniquim.

Capa do álbum “The Reason of Your Conviction”
Faixas:
1 – Just the Beginning
2 – The Reason of Your Conviction
3 – Hastiness
4 – Call me in the Name of Death
5 – Forgive the Pain
6 – Captivity (A House with Thousand Rooms)
7 – Forgotten Pictures
8 – Everlasting is the Salvation
9 – One More Chance
10 – When the Darkness Takes You
Lançamento: 2007
Gravadora: Dynamo Records

O som da banda neste álbum pode ser definido como uma mistura de Power metal e Metal Progressivo, o que vem sendo chamando de Progressive Power Metal. Neste álbum o Hangar apresenta composições com ótimas melodias e ricas em harmonia e peso.

O álbum é conceitual e fala da história de uma pessoa como qualquer outra que por motivos que você descobrirá com as letras do álbum (mais especificamente na letra da música "Everlasting is the Salvation") fica adormecida por três dias. Ao acordar esta pessoa sente algumas perturbações mentais. Durante os sonhos o personagem ouvia vozes que lhe diziam o que seriam as coisas que dariam sentido a sua vida, porém as frases são incompletas e aleatórias e ele deveria em sua vida dar complemento a essas frases e então resolve mudar sua vida buscando novos horizontes.
Perturbado mentalmente ele se vê um potencial assassino em série e as frases em sua mente o levam a começar a matar para dar sentido a sua vida com o lema “De alguma forma, a dor de dentro dos seus olhos é apenas o começo...” que foi interpretada pelo personagem de uma maneira errônea. Jack vive em constante luta com sua mente buscando equilíbrio. A estória pode ser conferida no site da banda nessa página (http://www.hangar.mus.br/port/reason.htm), onde também tem as letras das músicas em inglês e português e em cada faixa um breve texto contando um pouco da trama. A linguagem utilizada é bastante abstrata e não tem nada explicito. Bom, vamos as músicas.

Just The Beginning abre o álbum com uma música narrando às vozes na mente do assassino. A narração é feita por Antoniela do Canto que interpreta as vozes e a parte em português é narrada por Arnaldo Antunes que interpreta o assassino. The Reason of Your Conviction é de fato a primeira música do álbum, agressiva, pesada e veloz flertando com o Thrash em alguns momentos e em outros trazendo passagens mais arrastadas. Não dá para escolher um destaque, bateria, guitarra, voz, baixo e teclado, tudo soa perfeito junto. Hastiness começa com um pequeno solo de bateria e tem uma pegada marcante da cozinha baixo/bateria, além de riffs certeiros e a participação de Vitor Rodrigues do Torture Squad nos vocais. Call me in the Name of Death é a mais leve do álbum com linhas de teclado marcantes de Fábio Laguna e ótimas linhas vocais. A interpretação do vocalista Nando Fernandes é o grande destaque da música. No inicio há uma pequena participação de Antoniela com as vozes na mente do assassino. Forgive the Pain evidencia o lado progressivo da banda, destaque para a guitarra de Eduardo Martinez e a bateria de Aquiles Priester.

Captivity (A House with Thousand Rooms) é outra que flerta com o Thrash e tem um ótimo solo de guitarra, além de Aquiles com um trabalho destruidor na bateria que poucas vezes se vê igual. Forgotten Pictures é outra faixa em que Eduardo Martinez e Aquiles Priester fazem um ótimo trabalho, além do grande trabalho do vocalista Nando Fernandes. Everlasting is the Salvation é uma das mais complexas do álbum, cheia de quebras de ritmo e uma levada na guitarra muito boa. Também há participação de Antoniela com as vozes na mente do assassino e de Vitor Rodrigues do Torture Squad. Destaque para o vocalista Nando Fernandes. One More Chance tem bons riffs e linhas de teclado que preenchem muito bem a música. When the Darkness Takes You com destaque para o tecladista Fábio Laguna e o baterista Aquiles Priester.





Outros fatos interessantes: Recentemente o baterista Aquiles Polvo Priester lançou um livro chamado “De Fã A Ídolo” que se trata da biografia do baterista e retrata toda a sua trajetória desde seu nascimento na África Sul, passando pela mudança ao Brasil aos seis anos e mostrando todo seu desenvolvimento pessoal e artístico, o que fez com que se tornasse um dos principais bateristas de rock do planeta, respeitado por músicos do calibre de Nicko McBrain (Iron Maiden) e Mike Portnoy (Dream Theater). O livro foi escrito com base em mais de vinte horas de entrevistas concedidas pelo músico ao jornalista Antonio Carlos Monteiro. E também o Hangar possui um ônibus todo personalizado que é utilizado como transporte dos membros e do equipamento nas turnês, algo único no país.


Formação do álbum:
Nando Fernandes – Vocal
Eduardo Martinez – Guitarra
Nando Mello – Baixo
Fábio Laguna – Teclado
Aquiles Priester – Bateria

Formação atual:
Humberto Sobrinho – Vocal
Eduardo Martinez – Guitarra
Nando Mello – Baixo
Fábio Laguna – Teclado
Aquiles Priester – Bateria





Foto da formação atual com o ônibus da banda ao fundo 

domingo, 3 de abril de 2011

GUS MONSANTO - Do inicio no Angel Heart ao polêmico fim do Revolution Renaissance

Hoje a postagem não é exatamente sobre uma banda brasileira, mas sim sobre um músico brasileiro que vem desbravando o mundo em bandas de fora do país. Gustavo Monsanto (mais conhecido como Gus Monsanto) é um vocalista brasileiro nascido em Petrópolis no Rio de Janeiro, é irmão do jornalista Eduardo Monsanto que apresenta o programa Pontapé Inicial na ESPN Brasil.


Gus decidiu que queria ser músico após ver na TV um show do Kiss em 1983, achou tão fascinante que logo ganhou sua primeira guitarra e começou a formar uma banda com seus amigos. Aos 16 anos, ao voltar para o Brasil após um tempo vivendo nos Estados Unidos, Gus que já começava suas próprias composições formou a banda de Hard Rock Angel Heart. Trocando a guitarra pelo microfone, nos anos 90 a banda lançou dois álbuns que tiveram boa receptividade pela mídia especializada no país e boa repercussão em outros países também. No fim dos anos 90 Gus foi convidado a entrar para a banda Overdose como baixista, uma das mais antigas bandas nacionais de heavy metal, onde teve contato com grandes bandas do metal mundial. Quando a Overdose se separou, Gus ficou um período com a banda paulista Portrait.

No inicio dos anos 2000 Gus planejava voltar aos Estados Unidos e para isso se uniu com o guitarrista e vocalista Marc Ferreira, um grande amigo de Gus. Em 2001 vários shows foram realizados nos Estados Unidos ao mesmo tempo em que tinha propostas de outras bandas brasileiras. Em 2002 entre essas propostas estava uma da gravadora paulista Frontline Records que buscava músicos para formar uma banda que se chamaria Astra.
Porém foram dois anos até a conclusão do projeto que gerou um CD que não teve boa repercussão e aceitação tanto pela mídia como por fãs (aliás é muito dificil achar esse álbum para compra e até mesmo para download para se ver como foi critico) causando muita confusão e desilusão aos membros da banda e que fez o vocalista pensar em desistir da música.

Em 2004 quando tudo parecia perdido, Gustavo Monsanto ficou sabendo que a banda francesa de Metal Neoclássico e Metal Progressivo, a banda Adagio estava à procura de um novo vocalista para o lugar de David Readman que havia deixado a banda. Gus enviou um material aos franceses por e-mail, mas sem muita expectativa devido a questões geográficas e logísticas. Adagio respondeu dizendo que tinha se interessado e queria saber mais do vocalista, além de que enviasse material cantando músicas da banda para saber se encaixava bem. Gus enviou o novo material e após isso foi convidado pela Adagio para ir à França. Imediatamente Gus foi integrado à banda que estava na parte final da “Underworld Tour” com shows nos EUA, Suíça, Espanha, Holanda e França e participando de alguns festivais na Europa. Em 2005 uma série de 40 shows no verão francês e as gravações do álbum “Dominate” encheram a agenda da banda.  O álbum foi lançado em dezembro de 2005 e o ano de 2006 foi todo gasto com a turnê mundial de suporte ao álbum.

Nesse período que esteve com a Adagio o vocalista começou também a produzir álbuns e realizar participações especiais em outros álbuns. Gus fez uma participação especial no álbum “Bravo” da banda Dr.Sin e no álbum “Collectif Tribute” do baterista Steph Cavanez. A banda francesa de Hard Rock The Lightseekers lançou em 2008 seu primeiro álbum com Gus como vocalista e co-produtor. Gus ainda produziu o álbum “Beyond Creation” da banda brasileira Skyrion e fez uma participação no álbum. Gus e Adagio acabam se separando após mais uma bem sucedida turnê pela Europa junto ao Kamelot ao fim de 4 anos do vocalista com a banda. A separação foi extremamente amigável e foi uma decisão de Gus que tinha outros planos e continuou trabalhando em seu projeto Zyon Vega junto aos membros da banda Aquaria Bruno Agra (bateria), Fernando Giovanetti (baixo) e Alberto Kury (teclados) além do guitarrista Alex Macedo da banda Atlantida.  Gus também substitui na banda norte americana de Hard Rock chamada Takara o vocalista Jeff Scott Soto. A banda conta ainda com o guitarrista Neal Grusky e com os músicos da banda de Yngwie Malmsteen Bjorn Englen e Patrick Johansson. Como a banda não visa turnês, Gus continua com seu outro projeto.



Ainda em 2008 Gus é escolhido por Timo Tolkki (ex guitarrista e líder do Stratovarius) para ser o vocalista da sua nova banda, a Revolution Renaissance. Timo Tolkki analisou material de inúmeros vocalistas e instrumentistas que enviaram seus trabalhos para ingressar na banda e assim como com a Adagio, Timo escolheu Gustavo Monsanto para ser o vocalista. A banda ainda contaria com o também brasileiro Bruno Agra na bateria, o baixista sueco Magnus Rosén, o tecladista grego Bob Katsionis, além claro do finlandês Timo Tolkki na guitarra, assim uma banda multinacional. A banda lançou três álbuns dos quais Gus participou de dois (no primeiro ainda era apenas um projeto solo de Tolkki).


Em 2009, além do lançamento de "Age of Aquarius" com o Revolution Renaissance, Gus fez uma participação especial no álbum "Archangels in Black" da Adagio (mostrando como a separação foi amigável), e realizou também uma participação especial no álbum "Dirt Metal" da banda finlandesa Thunderstone .
Em 2010 Gus fez mais participações, no álbum "Trapped" do músico francês Julien Damotte onde Gus canta em 4 faixas do álbum. Gus foi também o vocalista do álbum "Kim's Over Silence" da banda de mesmo nome onde o baixista foi Franck Hermanny da Adagio também em uma participação especial. Gus também produziu o debut da banda brasileira Pleiades e também fez os backing vocals do álbum. Ainda em 2010 veio o segundo trabalho de Gus com sua principal banda, o álbum "Trinity" do Revolution Renaissance. Após isso devido a uma série de problemas Timo Tolkki decidiu encerrar as atividades da banda e então uma grande polêmica surgiu, uma das maiores da história do Heavy Metal.


Quando Tolkki disse aos outros membros que iria acabar com a banda dois meses após o lançamento do terceiro álbum da banda, o co-produtor do CD Santtu Lehtiniemi que não concordou com isso, pois a banda estava indo muito bem, contatou a banda e revelou um grande esquema. O álbum vinha recebendo ótimas criticas da mídia especializada e muitas elogiando e muito os riffs e solos de guitarra de Tolkki, que finalmente começava a se distanciar do que fez durante cerca de 20 anos no Stratovarius, porém Santtu revelou que os solos de guitarra dos álbuns “Age of Aquarius” de 2009 e “Trinity” de 2010 foram gravados por ele e não por Tolkki. Um verdadeiro escândalo, ainda mais se considerar que Tolkki foi líder e principal compositor de uma banda do calibre do Stratovarius e influenciou muitos guitarristas. O tecladista Bob Katsionis resumiu bem o sentimento do grupo, “Eu queria nunca ter tocado uma nota sequer naquele álbum. Houve muita merda nos bastidores desse álbum. Talvez você possa perguntar pra um cara, Gus Monsanto, como ele se sente em relação a esse trabalho. Pior do que eu. Pena, um dos ídolos da minha infância foi destruído.” Gus considerava até o momento que o RR era o ápice de sua carreira e também como Bob um fã de Timo Tolkki.

Os outros músicos tentaram seguir com a banda, mas Tolkki não liberou para que eles continuassem usando o nome Revolution Renaissance, então os membros lançaram uma campanha na internet para os fãs ajudarem a escolher um novo nome para a banda. Muito se falou sobre a situação e já faz algum tempo que não há noticias oficiais sobre a situação da banda. Enquanto isso não se resolve há o novo projeto de Gus chamado Gun Point que toca clássicos do hard/heavy.

Abaixo algumas poucas músicas de toda a carreira de Gustavo Monsanto (infelizmente não encontrei nenhum vídeo da banda Lightseekers com o Gus nos vocais).

Angel Heart.
Única banda onde os vocais de Gus não me agradam, ainda não tinha um equilibro de agudos com graves, onde os agudos não me parecem muito "legais".





Na banda francesa Adagio.
Gosto muito da banda e talvez por isso considero este o melhor trabalho de Gus.





Com a banda norte americana Takara. Um bom trabalho



No Revolution Renaissance, outro trabalho magnífico.





















Discografia:
Angel Heart - Welcome (1994)
Astra - Astra (2004)
Adagio - Dominate (2005)
Lightseekers - Flying Free (2008)
Takara - Invitation to Forever (2008)
Kim's Over Silence - Kim's Over Silence (2010)
Revolution Renaissance - Age of Aquarius (2009) e Trinity (2010)

Participções especiais:
Dr.Sin - Bravo (2007)
Venturia - Hybrid (2008)
Skyrion - Beyond Creation (2008)
Adagio - Archangels in Black (2009)
Thunderstone - Dirt Metal (2009)
Julien Damotte - Trapped (2010)
Painside - Darl World Burden (2010)
Pleiades - Pleiades (2010)