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domingo, 12 de fevereiro de 2012

DYNAHEAD - Youniverse

A Dynahead é uma banda brasiliense formada no ano de 2004 com foco total na criatividade quebrando quaisquer barreiras que o heavy metal possa ter. Em 2008 a Dynahead lançou o seu debut intitulado “Antigen” e em 2011 finalmente os brasilienses lançaram o seu segundo álbum de estúdio sob o nome “Youniverse”.

Capa do álbum
Faixas:
1 – Ylem
2 – Eventide
3 – Inception
4 – Unripe One
5 – Confinement In Black
6 – Circles
7 – My Replicator
8 – Repentance Hour
9 – Way Down Memory Lane
10 – Redemption
11 – Onset
Lançamento: 2011

Youniverse é album conceitual que metaforicamente une a condição humana com a evolução do universo em seus nascimentos, desenvolvimento e morte. A Dynahead possui um estilo muito próprio que mescla thrash, prog, heavy, new metal e até elementos de fora do metal como bossa nova e jazz. Apresentando um som intrincado cheio de mudanças de andamento em um álbum bastante heterogêneo que torna impossível saber o que vai ouvir na faixa seguinte, é o típico álbum que os mais tradicionais consideram “esquisitão”. Portanto, para ouvir este trabalho se desvincule de qualquer rótulo existente no metal e dos pré-conceitos estabelecidos.

O álbum começa com Ylem (uma substância hipotética entendida atualmente como  “plasma primordial” que sofreu nucleossíntese do Big Bang) logo de cara trazendo peso e riffs nervosos evidenciando o lado thrash da banda, mas sempre com espaços para o progressivo aflorar em arranjos mais melódicos e complexos. O vocal também muda bastante, em alguns momentos bastante agressivos e em outros vocais mais limpos que lembram o metalcore. Eventide dá espaço total para os vocais limpos em uma música mais cadenciada e com ótimos arranjos dos guitarristas que não diminuem o peso apesar do vocal limpo. Seguindo temos a complexa Inception com uma veia extremamente progressiva que em alguns momentos apresenta arranjos jazzísticos e até mesmo brechas para flertar com o death metal e corais e back vocals mais típicos do power metal. É uma verdadeira salada em que nada soa forçado e tudo flui perfeitamente em uma grandiosa e intrincada música. Unripe One é a mais heavy tradicional em flerte com o thrash e que em certas partes (as mais calmas) se tornam progressivas e lembram o Dream Theater. Confinement In Black é outro destaque do álbum com riffs destruidores, ótimas linhas vocais tanto limpas como as mais rasgadas, além de um pegajoso e atmosférico refrão.

Circles é a “baladinha” do álbum em formato semi acústico com arranjos de violão e riffs de guitarra que lembram os de hard rock. Depois da calmaria da faixa anterior, My Replicator trará uma sonoridade mais extrema, porém sem muitos atrativos se comparada as outras faixas. Repentance Hour tem como destaque o ótimo trabalho dos guitarristas com ótimos riffs e também o baterista apresenta um grande desempenho. Way Down Lane é agressiva com destaque para a interpretação do versátil vocalista da banda. Aproximando se do final a faixa entra em uma passagem bossa nova dando um alto contraste com a faixa que era até então uma das mais pesadas do álbum. Redemption assim como Circles é umas das faixas suaves do álbum com foco nos vocais limpos. Apesar de o vocalista ser muito versátil, quando usa de vocais mais agressivos o desempenho é melhor aos vocais limpos, e Onset ficara encarregada de terminar o álbum.





A produção do álbum a cargo do próprio vocalista da banda é de extrema qualidade, assim como a capa desse trabalho por Gustavo Sazes. De inicio algumas músicas podem te soar estranhas e aliada à complexidade das mesmas ricas em detalhes acaba sendo necessária mais de apenas uma audição para assimilar tudo que a banda apresenta em suas intrincadas músicas. Uma banda com personalidade que foge dos clichês e não tem medo de não ser previsível.

Facebook: http://pt-br.facebook.com/dynahead
Canal no youtube: http://www.youtube.com/user/DynaTV?feature=watch

Formação:
Caio Duarte - Voz
Pablo Vilela - Guitarra
Diogo Mafra - Guitarra
Diego Teixeira - Baixo
Rafael Dantas - Bateria (atualmente substituído por Deth Santos)

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