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domingo, 11 de dezembro de 2011

DARK AVENGER - Tales of Avalon: The Terror

A  banda Dark Avenger foi formada na cidade de Brasília em 1993 e o som dos caras podia ser definido tendo principais influências nas bandas Iron Maiden, Savatage e Helloween. No ano seguinte a sua formação, a Dark Avenger lançou uma demo intitulada “Choose Your Side... Heaven or Hell...” que obteve boa repercussão na época. Já em 1995 a banda estaria lançando o seu primeiro álbum auto-intitulado e que atraiu muita atenção para os brasilienses que excursionaram pelo país durante cerca de 2 anos.

O álbum seguinte só viria a sair seis anos depois, em 2001 foi lançado “Tales of Avalon – The Terror” que seria o primeiro de dois álbuns que teriam como base o mesmo tema, os contos dos reinos de Avalon (local místico presente nas histórias do Rei Arthur). A obra seria dividida em “Tales of Avalon – The Terror” e “Tales of Avalon – The Lament”, porém, após o grande sucesso do primeiro dos álbuns que é considerado um clássico do Heavy Metal nacional, a banda passou por inúmeros problemas e culminou em seu fim em 2005. Em 2009 houve uma reunião e a banda chegou a se apresentar, mas não foi para frente. Agora em 2011 finalmente a banda está de volta com uma formação finalmente estabilizada e após 10 anos o segundo álbum que fecha o conceito montado pela banda será lançado. Enquanto aguardamos o álbum que deve sair até o fim do ano, fica aqui uma resenha do “Tales of Avalon – The Terror”.

Capa do álbum
Faixas:
1 – The Terror
2 – Tales of Avalon
3 – Golden Eagles
4 – Heroes of Kells
5 – Crown of Thorns
6 – Wicked Choices Part I
7 – Glass Myrddin
8 – As the Rain
9 – De Profundis
10 – Caladwch
11 – The White of Your Skin
12 – Crownless Queen
13 – Morgana
14 – The Lament Part I
Lançamento: 2001
Gravadora: Megahard

Quando recebi a notícia que a Dark Avenger estava voltando à ativa, fiquei muito feliz com esta que foi umas das melhores noticias que tive nos últimos meses. São vários os autores que já abordaram os contos do Rei Arthur, alguns abordando mais a visão masculina, outros a visão feminina, outros focaram em apenas um personagem. E o Dark Avenger segundo o vocalista e idealizador deste conceito, Mário Linhares, acabou juntando quase tudo. Com as palavras do próprio Mário Linhares, “pegamos personagens que existem em todos os livros e outros que só existem em um ou outro livro e fizemos um grande caldeirão de sentimentos, pois é disso que o Tales Of Avalon é feito: SENTIMENTOS.”

Mário Linhares ainda complementa: “Nenhuma história é contada nos nossos discos uma vez que já foram tão bem narradas por esses excelentes autores. Ao invés, nós juntamos todos esses personagens e resolvemos cantar em nossas músicas os sentimentos envolvidos naquele determinado momento, determinada cena. O ouvinte vai poder sentir todo o ódio de Morgana ao ser rejeitada pelo irmão que a engravidou, vai poder vivenciar todo o amor de Arthur por Gwenwifar quando esta o faz jurar amor eterno, vai visualizar a dor dos Pequenos (Little como os Celtas eram chamados) ao serem conquistados pelos romanos, e vibrar com a alegria de Arthur ao conquistar Caladvwch (Excalibur) pela primeira vez.” No blog da Dark Avenger você pode ler por completo os textos de Mário Linhares explicando isso: http://darkavengerofficial.blogspot.com/

The Terror abre o disco, uma pequena faixa instrumental que irá te ambientar com o álbum. Tales of Avalon começa o disco de vez, esta eu considero a faixa mais fraca do álbum, uma escolha ruim já que se trata da primeira música. Não que seja ruim, muito pelo contrário, mas em comparação as outras faixas, é a mais fraca. Golden Eagles é a mais longa do CD e nos mostra a que veio a banda. Riffs eficientes, um ótimo solo de guitarra, cozinha baixo/bateria segura e entrosada, bom refrão e Mário Linhares mandando ver nos vocais. Heroes of Kells começa de forma suave, mas logo ganha em peso. Segue na mesma linha da anterior, mas o refrão aqui não é tão pegajoso. Crown of Thorns inicia com um riff que fica na cabeça logo de cara. A faixa segue com um bom trabalho dos guitarristas Leonel Valdez e Júlio Cesar com bons riffs e solos e linhas de teclado que se encaixam bem, além de Mário Linhares muito bem como sempre. The Wicked Choices Part I é somente instrumental com uma bela melodia. Glass Myrdin é a faixa seguinte e não deixa a peteca cair. Destaque para o ótimo trabalho do baterista Kayo John.

A próxima música é As the Rain com um inicio orquestrado, seguido de um trecho acústico suave e cadenciado. Com a entrada das guitarras a faixa segue cadenciada quando por volta da metade vai ganhar em velocidade e Mário Linhares volta com seus super agudos. De Profundis é uma faixa só com teclado e um vocal feminino que soa distante. Caladwch é outra que começa de maneira suave e que depois ganham pouco em peso, mas segue como uma das mais leves do álbum. The White of Your Skin também é uma faixa bastante leve se compara as outras e cadenciada, é a faixa onde também menos se nota os “excessos” de Mário Linhares, excessos no bom sentido me referindo aos tons extremamente agudos. Crownless Queen tem um inicio cheio de efeitos nos teclados e traz de volta o peso da banda. Se na faixa anterior Mário Linhares “economiza” nos agudos, aqui ele distribui super agudos por toda a música, o que para alguns pode ser insuportável hehe, mas particularmente admiro estes excessos de virtuosismo. As guitarras como de costume contam com bons riffs e a cozinha se mantém segura nesta que é uma das melhores faixas. Morgana também começa com os teclados de Rafael Galvão dando um ar soturno e logo entram as guitarras mandando riffs certeiros. Esta é outra das melhores faixas do álbum com as guitarras com uma boa levada, linhas de teclado muito bem colocadas e também um bom solo de teclado, baixo pulsante, além da ótima interpretação de Mário Linhares. The Lament Part I encerra o álbum de uma forma um tanto melancólica e a continuação nós teremos no próximo álbum da banda que deve sair ainda este ano.




Um álbum clássico, onde o Dark Avenger mostrou um trabalho impecável e essencial a qualquer um que curta um bom power metal tradicional.


Formação atual:
Mário Linhares – Vocal
Leonel Valdez – Guitarra
Ian Bemolator – Guitarra
Tito Falaschi – Baixo
Kayo John – Bateria

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