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sábado, 26 de novembro de 2011

HIBRIA - Blind Ride

A banda Hibria foi formada em Porto Alegre no ano de 1996 tendo como base do seu som uma mescla de heavy metal tradicional e power metal. Em 1997 a Hibria lançou sua primeira demo chamada “Metal Heart”, tendo como influências bandas como Iron Maiden, Judas Priest, Metallica, Megadeth, Helloween, dentre outras. O trabalho teve boa repercussão tanto em território nacional como internacional. Em 1999 foi lançado um CD-demo intitulado “Against the Faceless” que resultou em uma turnê da banda pela Europa antes mesmo do lançamento de um primeiro álbum de estúdio, onde a banda atuou ao lado de muitas bandas de Death Metal que influenciaram os trabalhos futuros da Hibria.

Composto entre 2001 e 2003, em 2004 finalmente foi lançado o primeiro álbum da Hibria sob o nome “Defying the Rules”, álbum este que foi lançado nas Américas, Europa e Ásia, levando também gaúchos a serem considerados banda revelação de 2005 pelos leitores da revista Rock Brigade. Em 2009 foi lançado o segundo álbum, “The Skull Collectors” que foi muito bem recebido pela imprensa especializada resultando em uma turnê da banda pela Ásia e pelo Canadá, alem de tocarem no maior festival japonês de heavy metal, o Loud Park. Em 2011 a banda lançou seu terceiro álbum “Blind Ride” que mais uma vez está obtendo uma ótima repercussão, deixando a Hibria como um dos expoentes do metal nacional atualmente, sendo mais uma banda que o Brasil exporta para o mundo.

Capa do álbum
Faixas:
1 – Blind Ride (Intro)
2 – Nonconforming Minds
3 – Welcome to the Horror Show
4 – Shoot Me Down
5 – Blinded By Faith
6 – The Shelter’s On Fire
7 – Beyond Regrets of the Past
8 – I Feel no Bliss
9 – Sight of Blindness
10 – Tough is the Way
11 – Rotten Souls
12 – I’m Gonna Live Till I Die (Faixa Bônus da edição Japonesa – Frank Sinatra Cover)
Lançamento: 2011

O Hibria neste novo trabalho manteve as características que marcaram a banda como os arranjos velozes e pesados com base no heavy metal tradicional flertando com o power metal. Mas além de manter essas características, notamos que em “Blind Ride” a banda está mais diversificada e dinâmica com influências do progressivo e do thrash metal, resultando num trabalho mais pesado que os anteriores. Para elaborar as letras a banda buscou inspiração na obra “Ensaio Sobre a Cegueira”  do ilustre escritor português José Saramago, porém mesmo quem não leu o livro irá conseguir entender as letras, pois elas fazem relações com acontecimentos que podem ocorrer com qualquer pessoa.

O álbum começa com a intro instrumental Blind Ride com um riff que vai dar inicio a Nonconforming Minds  que no melhor estilo Hibria é uma faixa vigorosa com riffs de guitarra poderosos e uma pegada técnica na bateria, além de um bom refrão. Seguindo temos Welcome to the Horror Show com uma levada um pouco mais cadenciada, mas com uma pegada mais pesada da cozinha da banda. O refrão é simplesmente grudento e o trabalho dos guitarristas Abel Camargo e Diego Kasper é de se destacar com riffs eficientes e solos matadores, uma das melhores faixas de “Blind Ride”. A faixa seguinte é Shoot Me Down que é ao mesmo tempo pesada e melódica com um refrão mais pegajoso que aquela ex-namorada insuportável que não te deixa em paz (preciso parar com as comparações ridículas rs). Destaque para o baterista Eduardo Baldo com um ótimo trabalho em outra das melhores faixas do álbum. Em Blinded By Faith temos um momento para recuperar o fôlego com um andamento cadenciado e mais leve que em alguns momentos durante a faixa explodem, dando destaque para o vocalista Iuri Sanson, que inclusive notamos que neste álbum Iuri acaba segurando um pouco seus agudos que caracterizavam seu vocal nos dois álbuns anteriores. Isso acabou gerando uma melhor interpretação de algumas faixas mais agressivas neste álbum. Shelter’s On Fire vem com tudo logo de início, uma faixa veloz com a bateria quebrando tudo, muita presença do baixo e grande interpretação de Iuri Sanson. A faixa ainda conta com riffs e solos excepcionais e um refrão grudento, mais uma das faixas destaque.

Beyond Regrets of the Past irá destacar ainda mais os guitarristas da banda em um ótimo trabalho, além de termos Iuri cantando no refrão em tons mais agudos que na maior parte do álbum, comum nos trabalhos anteriores. I Feel no Bliss carrega certa influência do Hard Rock, a faixa mais lenta e melódica do álbum com grande interpretação de Iuri que irá agradar os amantes das baladinhas metálicas (que não é o meu caso hehe). Passado o momento de calmaria, podemos voltar com a porrada que rola solta em Sight of Blindness, faixa pesada e técnica que alterna momentos muito pesados com alguns mais melódicos. Solo de guitarra bem bolado, ótimo desempenho vocal, mas o destaque vai mesmo para Eduardo Baldo que destrói tudo e mais um pouco em sua bateria, mais uma ótima faixa. Em Tough is The Way o Hibria nos brinda com mais um instrumental fantástico que ao ser tocada num show vai te fazer bater cabeça facilmente. Rotten Souls finaliza o álbum com muito peso e velocidade, assim como começou, no melhor estilo Hibria.






Um álbum cheio de composições destruidoras e muito bem produzido, o melhor álbum do Hibria até o momento que mostra como a banda está evoluindo com o passar do tempo. Sem dúvidas já é uma das principais bandas nacionais no estilo.

Site oficial: http://www.hibria.com/

Formação:
Iuri Sanson - Vocal
Abel Camargo - Guitarra
Diego Kasper - Guitarra
Benhur Lima - Baixo
Eduardo Baldo - Bateria


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