Páginas

domingo, 23 de outubro de 2011

ALMAH - Motion

A banda Almah foi formada em 2006, inicialmente como um projeto solo do vocalista Eduardo Falaschi (que também é o vocalista da banda Angra). Em 2007 o projeto lançou seu debut auto-intitulado com todas as composições de todos os instrumentos por Edu Falaschi e contou com a presença de renomados músicos internacionais do estilo nas gravações de guitarra, baixo e bateria. O trabalho foi muito bem recebido pelo público no mundo todo e então Edu Falaschi resolveu transformar o Almah em uma banda de fato, aproveitando o fato que o Angra esteve em hiato entre 2007 e 2009. Falaschi recrutou alguns músicos para formar a banda (dentre eles o também baixista do Angra Felipe Andreoli) e teve seu segundo álbum, o Fragile Equality lançado em 2008 e que foi também muito bem recebido por fãs e critica.

Em Setembro de 2011 o Almah lançou o seu terceiro álbum sob o nome Motion, álbum este que apresentou uma mudança no direcionamento musical da banda que buscava modernizar o seu som.

Capa do álbum
Faixas:
1 – Hypnotized
2 – Living and Drifting
3 – Days of the New
4 – Bullets on the Altar
5 – Zombies Dictator
6 – Trace of Trait
7 – Soul Alight
8 – Late Night in’ 85
9 – Daydream Lucidity
10 – When and Why
Lançamento: 2011
Gravadora: Laser Company

Em Fragile Equality o Almah apresentou um Power Metal cheio de influências progressivas e arrancou elogios de muitos veículos especializados e fãs. Mas neste novo trabalho chamado Motion o que ouvimos é diferente. Segundo o vocalista, compositor e líder da banda, Edu falaschi, o Almah precisava criar uma identidade própria (as comparações com sua outra banda, o Angra, eram inevitáveis) e também precisava renovar o seu som, trazer elementos mais atuais para sua música. É impossível aplicar qualquer rótulo a este Motion, há elementos de power metal, progressivo, thrash metal e até metalcore. O álbum é mais pesado e direto que seu antecessor, mas não deixa de lado momentos mais “melodiosos” que marcaram a carreira de Edu Falaschi e consequentemente do Almah.

Hypnotized abre o álbum e já nos apresenta a nova sonoridade do Almah com uma faixa agressiva. A música começa com uma dobradinha dos guitarristas muito bem sacada e então ganha em peso e velocidade. A cozinha da banda se mostra entrosada e segura, e é muito bacana ver Edu cantando num tom adequado para sua voz. Uma faixa vigorosa para abertura. Seguindo temos Living and Drifting com um ritmo frenético e para cima com um refrão grudento. Notamos aqui o contraste do Almah atual com o do álbum anterior, bases de guitarras pesadas, mas com solos que lembram os momentos mais melódicos do álbum anterior, com grande interpretação de Eduardo Falaschi. A faixa seguinte é Days of the New que vem regada a muito groove e momentos que lembram o Pantera. A faixa tem guitarras pesadas que contrastam  com o vocal arrastado de Edu Falaschi no refrão. Destaque para o guitarrista Paulo Schroeber com um ótimo solo. Bullets on the Altar é mais cadenciada e com melodias de extremo bom gosto onde notamos linhas de piano bem postadas em meio ao peso da faixa. A letra da música fala sobre como as pessoas são facilmente influenciadas e como podem fazer atrocidades em nome de algo supostamente divino, com referências ao chamado “Massacre de Realengo”. Zombies Dictator ira agradar aos fãs do Metalcore, a faixa mescla muito bem o metal tradicional com este estilo mais moderno de se fazer heavy metal. Nesta música há a participação do vocalista Victor Cutrale do Fúria Inc que nos apresenta seu vocal ultra rasgado que entra em total contraste aos vocais de Edu. A faixa é bastante complexa com varias mudanças de andamento com destaque para o baixista Felipe Andreoli e o baterista Marcelo Moreira.

Trace of Trait é uma das faixas que foi escolhida para vídeo clip. Mais uma faixa com bastante groove e um ótimo trabalho do baterista Marcelo Moreira, e um refrão pegajoso. Curioso que o guitarrista Paulo Schroeber faz um solo mais “sentimental” e o guitarrista Marcelo Barbosa um solo mais “fritado”, sendo que o normal seria o contrário. É mais uma faixa com uma letra interessante, versando sobre o “desenvolvimento” da humanidade e indagando sobre seu futuro. Soul Alight começa com o bumbo duplo numa pegada Death Metal (inclusive o começo lembra Sulfur do Slipknot) e no seu decorrer alterna momentos cadenciados e velozes. Temos mais uma vez um refrão arrastado e um solo de guitarra muito eficiente com uma letra bem positiva. Late Night In’85 é uma balada um tanto melancólica com ótimas melodias e um belo solo de guitarra, foi a outra faixa escolhida para video clip, apresenta uma letra bem particular por Eduardo Falaschi. Daydream Lucidity é a faixa seguinte com várias mudanças de andamento e a participação do vocalista Thiago Bianchi do Shaman no refrão. É uma faixa complexa e que leva um tempo maior a ser totalmente assimilada. When and Why finaliza o álbum de forma acústica voltado inusitadamente para o Country. Uma bela canção levada por Marcelo Barbosa e com ótima interpretação de Eduardo Falaschi.






Sem dúvidas um ótimo trabalho que deixa clara a evolução da banda, um dos melhores lançamentos do ano.

Site da banda: http://www.almah.com.br/

Formação:
Eduardo Falaschi – Vocal
Marcelo Barbosa – Guitarra
Paulo Schroeber – Guitarra
Felipe Andreoli – Baixo
Marcelo Moreira – Bateria

Nenhum comentário:

Postar um comentário