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sábado, 21 de maio de 2011

RAVENLAND - And A Crow Brings Me Back

A banda Ravenland foi criada em 1997 com influências do metal gótico europeu dos anos 90 e por autores góticos como Edgar Allan Poe. Em 1999 o grupo lançou duas demo-tapes “October of...” e “Live at Kalimar” e em 2001 o primeiro CD “After The Sun Hides”. Enfrentando várias dificuldades a banda ficou parada entre 2003 e 2006.

O vocalista Dewindson ativou a banda novamente, incentivado pela amiga e vocalista Camilla que entrou também para a banda e em 2006 estavam lançando o EP “Black” e em 2007 o EP “Back”. Finalmente, em 2009 lançaram o segundo álbum “And a Crow Brings Me Back”, com esse disco a banda foi considerada revelação nacional em 2009 e o maior representante brasileiro do Gothic Metal. A vocalista Camilla Raven deixou a banda no inicio de fevereiro e recentemente foi anunciada que a nova vocalista será a paulista Tatiana Berke, no fim da postagem deixarei o link para a entrevista que a vocalista concedeu para a gravadora da banda na Inglaterra. A banda lançará seu novo EP intitulado “Memories” no fim do presente mês. Vou falar um pouco sobre o mais recente lançamento da banda.

Capa do álbum “And A Crow Brings Me Back”
Faixas:
1 – After The Sun Hides
2 – She Will Bleed Again
3 – Presage
4 – The Last Sunset
5 – End of Light
6 – Velvet Dreams
7 – Burning For You
8 – Soulmoon
9 – Nas Asas do Corvo
10 – The Crow
11 – Tragic Romance
12 – Zodiac
13 – Until Death Unite Again
14 – Regret
Lançamento: 2009
Gravadora: Free Mind Records

Este foi um álbum muito elogiado tanto no Brasil como na Europa onde esteve entre as mais tocadas em varias rádios pela Europa. Em alguns momentos o álbum lembra bandas como The Cure, Him, Flowing Tears e Moonspell. Um fato para se destacar é que quem gravou a bateria no álbum foi o baterista do Angra e do Shaman Ricardo Confessori que também produziu o álbum e os teclados ficaram a cargo de Fabrizio Di Sarno que é conhecido por tocar com o Karma e com o Shaman.

A primeira música After The Sun Hides é uma intro instrumental em sua maior parte, com os vocalistas versando no final. She Will Bleed Again é uma pequena faixa, uma espécie de prólogo com boas linhas de teclado e uma boa levada na guitarra. Presage tem bons riffs de guitarra e um ótimo desempenho do vocalista Dewindson, além de linhas de teclado bem postadas. The Last Sunset é uma música que apresenta momentos melodiosos e calmos com um breve solo de teclado e momentos mais pesados com guitarras distorcidas aonde o destaque vai para o ótimo dueto dos vocalistas. End of Light é bem mais pesada que as músicas anteriores com riffs densos e carregados e um bom solo de guitarra. Em seguida vem a balada Velvet Dreams que tanto tocou nas rádios européias. Também tem um ótimo solo de guitarra e a faixa ainda conta com destaque para o piano e o teclado que juntos fazem um belo trabalho. Burning For You é outra faixa cadenciada com o teclado bem colocado e destaque para as linhas de baixo e a guitarra.

Um pouco mais agressiva é Soulmoon com as guitarras mais pesadas. O destaque fica para a dupla de vocalistas, principalmente a vocalista Camilla e para o baixista João Cruz. Nas Asas do Corvo é uma pequena faixa cantada em português, ou melhor, recitada em português. The Crow começa bem cadenciada, mas logo ganha guitarras densas e distorcidas e o destaque fica com o ótimo trabalho de bateria. Tragic Romance começa com o som de um órgão e tem bom trabalho de guitarra em meio ao clima melancólico da faixa. Zodiac, Until Death Unite Again e Regret não apresentam nada de novo para o álbum, porém as três são ótimas músicas entre as quais minha preferida é a segunda com um ótimo trabalho do guitarrista e do tecladista. Regret é bem cadenciada com base no piano e só com os vocais femininos, além do destaque para o violino.

A banda obviamente é talentosa, mas ainda não apresenta nada muito diferente nessa cena que nos últimos anos está com cada vez mais bandas soando como cópias umas das outras. O grupo tem algumas pequenas diferenças como o vocal feminino que não é o típico vocal do metal gótico, o teclado não é tão predominante em relação a guitarra e o vocal masculino também não é o típico gutural, mas apenas grave. Em alguma entrevista dos caras que vi por ai, eu li que no próximo álbum estarão buscando ainda mais uma individualidade na cena sem perder em qualidade. Se conseguirem fazer isso, sem dúvidas a banda se tornará uma das maiores no estilo.







Formação no álbum:
Dewindson Wolfheart – Vocal
Camilla Raven – Vocal e Violino
Albanes – Guitarra
João Cruz – Baixo
Ricardo Confessori – Bateria (Apenas gravou, não fazia parte da banda)

Formação atual:
Dewindson Wolfheart – Vocal
Tatiana Berke – Vocal
Albanes – Guitarra
João Cruz – Baixo
Tropz – Bateria

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