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quarta-feira, 29 de junho de 2011

ANGRA - Edu Falaschi fala sobre Tarja Turunen e Rock In Rio

O vocalista das bandas ANGRA  e ALMAH, Edu Falaschi, revelou alguns detalhes sobre como será a parceria com a vocalista Tarja Turunen (ex-Nightwish) no festival Rock in Rio. Assista no vídeo abaixo.




O ANGRA será uma das atrações do Palco Sunset, que será responsável pelos grandes encontros de artistas no festival.

sábado, 25 de junho de 2011

TORTURE SQUAD - Hellbound

A banda de Death/ Thrash metal de São Paulo, a Torture Squad foi formada em 1990. Após algumas trocas em sua formação a banda lança o seu primeiro álbum “Shivering” em 1998, apesar do álbum já estar gravado desde 1995. No ano seguinte a banda lança “Asylum of Shadows” que foi muito bem recebido e acabou gerando uma turnê da banda na Alemanha em 2000 com sete shows. Em 2001 foi a vez de lançarem “The Unholy Spell” que foi muito elogiado pela crítica especializada.

Em 2003 o grupo lançou o álbum “Pandemonium” que foi considerado o melhor álbum nacional do ano pela revista Roadie Crew e também foi destaque em vários sites e revistas pelo mundo. Este álbum fez a banda ganhar muitos fãs pelo mundo e resultou na gravação de um álbum ao vivo “Death Chaos And Torture Alive” e um DVD de mesmo nome do show gravado na Led Slay em São Paulo. A banda também tocou em festivais no Brasil e teve uma turnê de 18 shows divididos entre Alemanha e Áustria. Após o lançamento do DVD a banda realizou uma turnê pela América Latina. Em 2007 a banda representou o Brasil na Wacken Metal Battle (após ter vencido as seletivas estaduais e nacionais no Brasil) na Alemanha e venceu o torneio recebendo um acordo com o selo Wacken Records.

Em 2008 a banda lançou “Hellbound” que resultou em uma nova turnê européia desta vez com mais de 60 shows em vários países, inclusive no festival Wacken Open Air, desta vez não na Metal Battle, mas sim como umas das principais atrações. Em 2009 a banda excursionou pela Europa com as bandas Overkill e Exodus em 12 shows por países como Espanha, Alemanha, Suiça, Itália, Holanda e República Tcheca. No ano passado lançaram “Aequilibirum” que é o mais recente lançamento do grupo.  Vou comentar hoje sobre o álbum “Hellbound” e em breve trago uma resenha do álbum mais recente.

Capa do álbum “Hellbound”
Faixas:
1 – MMXIII
2 – Living for the Kill
3 – The Beast Within
4 – The Fall of a Man
5 – Chaos Corporation
6 – Man Behind the Mask
7 – In the Cyberwar
8 – Twilight for All Mankind
9 – The Four Winds
10 – Hellbound
Lançamento: 2008
Gravadora: Hellion Records

O Torture Squad sempre foi uma banda que esteve no underground, batalhando por um lugar ao sol. A cada álbum que o grupo paulista lançava notava se uma evolução e isso fez com que a banda com a sequência “Pandemonium” em 2003 e “Hellbound” em 2008 conseguisse finalmente alcançar vôos mais altos. Sem contar com o lançamento de “AEquilibrium” no ano passado. Com Hellbound o grupo se firma como um dos maiores nomes do metal nacional, e diferentemente do álbum anterior com base no Death Metal com influencias do Thrash, este tem bases no Thrash Metal com influencias do Death. Bom, vamos ao som!

MMXII é uma introdução instrumental com orquestrações que dão um clima apocalíptico. Na sequência temos Living for the Kill que tem em seu primeiro minuto de música um instrumental com a guitarra veloz e bateria destruidora, então entra o vocal de Vitor Rodrigues que chega com a faca nos dentes. Vale destacar ainda o pequeno solo de baixo. The Beast Within tem um instrumental de arrepiar, riffs velozes e certeiros, bateria quebrando tudo e incessantes linhas de baixo. Vitor Rodrigues mostra sua versatilidade ora em vocais super graves e ora em vocais super rasgados. Impossível não sair batendo cabeça no quarto mesmo, uma música que vai deixar muito neguinho com torcicolo. The Fall of a Man é uma das mais pesadas do álbum, indo bem para os lados do Death Metal, a música conta com vocais mais graves que nas anteriores e um clima denso criado pela levada na guitarra em conjunto com a cozinha da banda. Destaque para o guitarrista Mauricio com um ótimo solo de guitarra e uma levada absurdamente densa. Chaos Corporation é mais uma com um instrumental veloz e destruidor e todos os instrumentos estão em perfeita sincronia. Destaque para o baterista Amílcar Christófaro e o refrão grudento. Chegamos à metade do álbum e provavelmente os ortopedistas já vão ganhar muitos clientes fãs da banda depois de tanto bater cabeça hehe.

Man Behind the Mask começa com diálogos, a música que tem como destaques as ótimas linhas de bateria e Vitor Rodrigues berrando loucamente, além de um bom refrão. A partir daqui o álbum começa a apresentar surpresas um tanto inesperadas nas músicas. In the Cyberwar é uma música bem cadenciada perto das outras e alterna momentos mais lentos e mais velozes com destaque para a guitarra de Mauricio, uma faixa bem pro lado Thrash. Twilight for All Mankind é outra que surpreende os fãs da banda com uma bonita intro no violão, mas não evita o peso e a quebradeira típicos da banda, apesar de ser um pouco mais melódica. A música volta a ter seus momentos acústicos onde o baixo de Castor ganha destaque, antes de retornar a quebradeira. The Four Winds é uma faixa instrumental levada no violão com uma bela melodia e mais uma vez algo que nunca tínhamos ouvido a banda fazer. Hellbound finaliza o álbum, com a participação de Fábio Golfetti do Violeta de Outono tocando a cítara (novamente surpreendendo) e também conta com a participação de Heros Trench do Korzus na guitarra. Uma ótima música assim como todo o álbum.





Um ótimo álbum, muito bem produzido e que buscou e conseguiu fugir de clichês do estilo para fazer boas músicas. Obrigatório para os amantes do Death/Thrash e indicado para qualquer um que goste de um rock pesado muito bem tocado.

Comunidade no orkut: http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=91674

Formação:
Vitor Rodrigues – Vocal
Mauricio Nogueira – Guitarra
Castor – Baixo
Amílcar Christófaro – Bateria

sábado, 18 de junho de 2011

HYDRIA - Poison Paradise

A banda Hydria foi formada no Rio de Janeiro por Marcelo Oliveira em 2007. A banda logo se tornou conhecida do público headbanger por abrir os shows do Within Temptation e da Tarja Turunen em São Paulo e Rio de Janeiro respectivamente. A banda passou por trocas na formação até que conseguiu se estabilizar e logo em 2008 lançaram “Mirror Tears”.

Em 2009 a banda foi convidada para criar a trilha sonora da webserie “2012 Onda Zero”, a primeira webserie brasileira de ficção cientifica e que obteve uma ótima repercussão. A banda separou duas músicas da série para colocar no seu futuro álbum. Em 2010 a Hydria lançou o seu segundo álbum, “Poison Paradise” (sobre ele que irei comentar) e em abril de 2011 lançou “Acústico – The Acoustic Sessions” que se trata de um álbum de músicas do Hydria em formato acústico para algumas músicas de seus dois álbuns anteriores.

Capa do álbum “Poison Paradise”
Faixas:
1 – Time of My Life (Center of My Universe)
2 – The Place Where We Belong
3 – Whisper
4 – When You Call My Name
5 – Finally
6 – Prelude
7 – Distant Melody
8 – The Sword
9 – Queen of Rain
10 – Sweet Dead Innocence
11 – Poison Paradise
12 – In the Edge of Sanity
13 – The Only One
Lançamento: 2010
Gravadora: Independente

O álbum tem um conceito por trás e segundo o release divulgado pela banda, a idéia central do álbum é o impacto que o ser humano causa ao mundo, ao meio em que está, tanto na sociedade como na natureza. O álbum ainda aborda uma grande gama de sentimentos, em especial a hipocrisia humana que fala em amor quando está a matar, que fala em salvar o planeta, mas leva uma vida autodestrutiva para o mundo. Bom, vamos ao som dos cariocas.

O álbum começa com Time of My Life (Center of My Universe) que conta com riffs pesados, bateria veloz, baixo pulsante e linhas de teclado de muito bom gosto. Os vocais também são bons, no estilo vocal “A Bela e a Fera” (que consiste num vocal lírico feminino junto a um vocal gutural masculino). The Place Where We Belong começa com tudo, bateria com bumbo duplo e riffs velozes e bem sacados. As linhas de teclado e as orquestrações muito bem colocadas como de costume. Os destaques são o baterista Fabiano Martins e a vocalista Raquel Schüler. Whisper é mais cadenciada que as anteriores, mas com boa levada nas guitarras que junto com a vocalista são os destaques da faixa. When You Call My Name soa como uma balada, mas mesmo assim o peso ainda está presente. Os destaques são a vocalista Raquel e as suaves linhas de teclado e piano e o bom refrão da música. Finally soa meio Power Metal, a típica velocidade e peso do estilo estão presentes. Mas a banda não deixa de apresentar sua principal veia, a do Symphonic Metal com teclados e orquestrações muito bem elaboradas. O refrão também é grudento. Prelude é uma curta faixa que serve de prelúdio para Distant Melody que não tem tantas orquestrações como nas anteriores, até por ser uma música relativamente pequena, mas ainda assim os destaques da faixa são as orquestrações.

The Sword tem ótimos riffs e o teclado preenche a música muito bem junto das orquestrações e o desempenho da vocalista é muito bom. Queen of Rain tem uma veia bem melódica, destaque para o melodioso solo de guitarra, é um cover da música da banda Roxette. Sweet Dead Innocence retorna com o peso da banda em uma faixa bem versátil, tem momentos bem Heavy e outros bem orquestrados. Poison Paradise volta com os vocais guturais de Marcelo em contraposição aos vocais de Raquel, acaba sendo uma música que aborda um pouco de tudo que se já ouviu no disco. In The Edge of Sanity é um pouco diferente do que se ouviu no álbum, destaque para as guitarras e para a vocalista, foi a música tema da webserie "2012 Onda Zero". The Only One fecha o álbum de forma um pouco mais melancólica que nas outras músicas.





A banda claramente tem influencias de Nightwish, Epica, Within Temptation, mas consegue dar uma identidade própria ao seu som. A banda no lançamento disponibilizou o álbum para download gratuitamente, e depois quem quisesse comprar o álbum poderia o fazer. A Hydria também fechou um acordo para lançar o álbum no Japão pela marca “Spinning”.


Formação:
Raquel Schüler – Vocal
Marcelo Oliveira – Guitarra e Vocal Gutural
Márcio Klimberg – Teclados
Turu Henrick – Baixo
Fabiano Martins – Bateria

terça-feira, 14 de junho de 2011

SHAMAN - Video Clips

Olá, pessoal. Hoje postarei os video clips da banda paulistana Shaman. As músicas "Fairy Tale" e "For Tomorrow" são do primeiro álbum da banda chamado "Ritual". Innocence é do álbum "Reason" que foi o segundo da banda, "In The Dark" é do álbum "Immortal" que foi o terceiro do Shaman e o primeiro da atual formação da banda que só consta com o baterista Ricardo Confessori da formação original.Finally Home é do quarto e mais recente álbum da banda que recebeu o nome "Origins". Confiram abaixo os video clips:

Formação nos 3 video clips:
Andre Matos - Vocal
Hugo Mariutti - Guitarra
Luis Mariutti - Baixo
Ricardo Confessori - Bateria






Formação nos 2 video clips:
Thiago Bianchi - Vocal
Léo Mancini - Guitarra
Fernando Quesada - Baixo
Ricardo Confessori - Bateria
Participação especial: Fabrizio Di Sarno nos teclados em Finally Home



domingo, 12 de junho de 2011

VIPER - Theatre of Fate

Olá, pessoal. Hoje vou postar uma velharia aqui, postarei sobre a banda paulistana chamada Viper que foi formada em 1985, liderada pelo baixista Pit Passarell. A banda também foi a primeira onde o hoje mundialmente conhecido Andre Matos atuou como vocalista. Na época da criação da banda seus integrantes não passavam de 16 anos e no lançamento do primeiro álbum “Soldiers of Sunrise” em 1987, Andre Matos tinha apenas 15 anos. “Soldiers of Sunrise” de 1987 e “Theatre of Fate” de 1989 são considerados dois dos maiores clássicos do rock pesado nacional.

A banda ainda lançou “Evolution” em 1992, “Coma Rage” em 1994, “Tem Pra Todo Mundo” em 1996 e “All My Life” em 2007, além de outros EPs, demos e uma coletânea. Atualmente os únicos membros originais na banda são o baixista Pit Passarell e o guitarrista Felipe Machado. Vou comentar sobre o clássico álbum “Theatre of Fate”.

Capa do álbum “Theatre of Fate”
Faixas:
1 – Illusions
2 – At Least a Chance
3 – To Live Again
4 – A Cry from the Edge
5 – Living for the Night
6 – Prelude to Oblivion
7 – Theatre of Fate
8 – Moonlight
Lançamento: 1989
Gravadora: Eldorado

“Soldiers of Sunrise” era totalmente baseado no tradicional heavy metal britânico dos anos 80(NWOBHM) e até rendeu para a banda o apelido de “Iron Maiden brasileiro”. Após o sucesso no Brasil e mais ainda fora do país no Reino Unido, em 1989 a banda lançou “Theatre of Fate” que não tinha mais esse aspecto da NWOBHM (New Wave of British Heavy Metal). Mais experientes, no álbum se nota arranjos mais trabalhados e melodias bem elaboradas e acabou indo para o chamado Heavy Metal Melódico. A mudança para o heavy melódico em 1989 dividiu os fãs, mas de fato a banda andou por caminhos que antes nunca alguém havia experimentado e ajudou a consolidar esse subgênero do metal. Se antes era o Iron Maiden brasileiro, agora era uma banda de identidade própria. Para perceber isso é simples, note as bandas que mais se aproximavam disso antes do Viper e depois do Viper. Ouça Prelude to Oblivion e depois ouça álbuns das maiores bandas do estilo como Blind Guardian (apartir de 1990), Edguy, Rhapsody, o próprio Angra e etc. Sem dúvidas umas das mais influentes bandas nacionais de Heavy Metal. A produção do álbum não é das melhores, óbvio se for considerar a época em que foi gravado, mas é bem melhor que a gravação do primeiro álbum do grupo.

Illusions é uma faixa instrumental com violão e teclado, depois entram as guitarras, bem climática. At Least a Chance conta com guitarras melódicas com riffs certeiros e cantantes, um teclado ao fundo dando um ar especial, ótimas linhas vocais e influência da música clássica, mostrando maior influência de Andre Matos nas composições deste álbum do que no anterior já que o vocalista na época iniciava seus estudos de música erudita. To Live Again tem um excelente trabalho de bateria, as guitarras soltam riffs certeiros e solos grandiosos e as linhas vocais se encaixam perfeitamente na música. A Cry from the Edge começa calma com violões e um extremamente melódico solo de guitarra que é impossível não emocionar qualquer amante do estilo. Após o solo, a música ganha em peso e velocidade, mostrando que na época o Viper unia peso e melodia como ninguém.

Living for the Night é um dos maiores clássicos da história do heavy nacional, uma intro calma com violão e um estupendo desempenho vocal de Andre Matos. A música se tornou na época um dos hinos do heavy metal no país. Prelude to Oblivion é outra música com claras influências da música clássica unida ao metal de um jeito que influenciou inúmeras bandas pelo mundo. Riffs certeiros, corais magníficos e um bom trabalho de bateria. Theatre of Fate é pesada, com guitarras rápidas e baixo pulsante. Moonlight se trata de uma adaptação da Sonata No. 14 de Ludwig Van Beethoven por parte de Andre Matos, mais uma vez mostrando a veia erudita do vocalista que colocou grande lirismo em sua voz.

Após a saída de Andre Matos do Viper que anos depois sairia da faculdade formado em composição e regência, além de cantor lírico e popular e habilitado em piano erudito e se tornaria um dos fundadores do Angra, a banda não conseguiu mais se manter no topo. Em 1996 a banda parou e regressou somente em 2005 e em 2009 pararam novamente. Atualmente não se sabe se o grupo está apenas parado ou se acabou definitivamente.





Myspace: http://www.myspace.com/viperbrazil

Formação do álbum:
Andre Matos – Vocal e Teclado
Yves Passarell – Guitarra
Felipe Machado – Guitarra
Pit Passarell – Baixo
Sérgio Facci – Bateria

quinta-feira, 9 de junho de 2011

SHADOWSIDE - Entrevista com Dani Nolden

O blog Observatório Nerd fez uma pequena entrevista de 5 perguntas com a vocalista do Shadowside, Dani Nolden. Confira abaixo a entrevista:

1) O que anda tocando no MP3 player da Dani? Você experimenta bandas novas ou ainda prefere ficar com os ouvidos ligados nos clássicos?
Dani:  Nesses últimos dias, toca "Inner Monster Out" da Shadowside o tempo todo! (risos). Eu ainda não enjoei do disco, gostei tanto do resultado final que realmente acabou se tornando uma coisa que eu gosto de verdade de ouvir, não só de cantar. Mas é claro que não sou narcisista a ponto de escutar apenas a minha própria banda...(risos) Eu gosto muito de escutar bandas relativamente novas, coisas mais atuais como Disturbed, Rammstein, Avenged Sevenfold, eu acho esse tipo de som muito interessante, gosto do peso, da energia, porém nunca deixo de escutar meus antigos ídolos. Ainda rola muito Judas Priest, Deep Purple, Skid Row, Kiss e algumas coisas mais alternativas como Skunk Anansie.
2) Aliás, na era da disseminação do MP3 e dos muitos aparelhinhos digitais, você acredita que ficou mais fácil (pela facilidade de divulgação) ou mais dificil (pelo desapego dos fãs dos CDs físicos) para uma banda que começa de maneira totalmente independente?
Dani:  Eu sinceramente acredito que continua tão difícil quanto sempre foi. Não está mais fácil, nem mais complicado. O grande problema continua sendo se fazer ouvir... hoje podemos ter os meios de expor o material mais facilmente, supostamente para todo o mundo, mas existem tantas bandas que encontrar algo de qualidade de uma banda nova é como procurar uma agulha em um palheiro. Não que existam poucas bandas boas, ao contrário, existe muita coisa excelente que infelizmente acaba sufocada no meio de tantas outras que não valem a pena. Veja o MySpace ou o Facebook... existem incontáveis páginas de bandas e ninguém vai visitar uma por uma. Os músicos continuam precisando trabalhar e muito para provar que merecem uma chance, além de serem obrigados a serem mais criativos que os outros, não apenas na música, mas também na forma de chamar a atenção. Você tem que conseguir a atenção do seu futuro fã em potencial, mas sem encher o saco dele, sem spam. Começar nunca será fácil, mas vale a pena.
3) Vocês fizeram uma turnê com o W.A.S.P., abriram para o Iron Maiden, gravaram o novo CD com participações de músicos do Dream Evil, Soilwork, Dark Tranquility... Estar ao lado destes medalhões faz aflorar o seu lado fã ou você consegue se controlar? =)
Dani: Eu nunca tive esse lado "fã", acho que pedi apenas 2 ou 3 autógrafos em toda a minha vida, depois deixei de pedir porque achava que aquele "rabisco" tinha estragado meu encarte (risos). Também sempre vi músicos de forma muito natural, como simples pessoas que por acaso vivem da arte. Hoje todos eles são apenas colegas de trabalho, exceto o Iron Maiden, para eles apenas rockstars são colegas de trabalho, na minha opinião (risos). Nós estamos apenas engatinhando, perto deles. Mas por tudo isso, não sinto a necessidade de ter auto-controle... o máximo que acontece é sentir que aquilo tudo não parece real, afinal uma banda como o W.A.S.P. tem mais tempo de estrada que eu de idade, dá um certo frio na barriga imaginar que depois de tanto esforço, você está recebendo a oportunidade de tocar ao lado de alguém que você admira e tem uma carreira sólida e bem-sucedida. Leva um tempo para você se permitir acreditar que tudo está mesmo acontecendo.
4) Muito tem se falado nos últimos meses sobre a necessidade (ou não) de uma maior união das bandas brasileiras de metal e do apoio dos fãs brasileiros aos grupos de nosso país. O que você acha do assunto? Apoiamos o metal nacional só por ser nacional ou ainda falta um salto de profissionalismo para quem quer sair do underground?
Dani: Sinceramente, um pouco dos dois. O que o brasileiro tem que parar de fazer é torcer contra. Ninguém precisa gostar de uma banda só pelo fato dela ser brasileira, mas também não precisa desejar o fracasso das bandas que você não gosta. Não precisa fazer torcida organizada. "Gosto daquela banda, então todo o resto é lixo!". O único apoio que eu acho que o público precisa dar é escutar aquilo que o agrada, independente de ser nacional ou estrangeiro, mas ter orgulho de tudo aquilo que alcança sucesso e sai daqui. Não importa se você escuta Sepultura, mas você deve ter um orgulho imenso do que eles conquistaram, por exemplo. Mas sobre a falta de profissionalismo... ela existe? Sim, existe. A maioria das bandas não consegue a mesma qualidade de som que as bandas estrangeiras conseguem. Não existe a possibilidade de se fazer turnês no Brasil como acontece nos Estados Unidos e Europa. A grande maioria das nossas bandas são amadoras. Tem motivos pra isso? Claro que tem! A realidade brasileira não é como a dos europeus e americanos. Nós, músicos, sabemos como tudo é muito mais difícil para uma banda brasileira. Porém, o público não quer saber disso, e eles tem razão. Eles apenas querem música de qualidade. Ele quer colocar uma música pra tocar e gostar, não pensar "essa gravação é meio ruim, mas como eles são brasileiros, este é o melhor disco do mundo!" Portanto, cabe a nós, músicos, trabalhar dobrado para fazer acontecer, se quisermos, é claro. Não acho que temos que nos fazer de vítimas, porque nós escolhemos esse caminho... quando eu tinha 15 anos, ninguém apontou uma arma para mim e disse "você vai ser cantora". Eu que escolhi isso, então agora é problema meu se eu vou ter que passar noites em claro e lutar duas vezes mais que os europeus para conseguir alguma coisa. Gravar um disco é fácil, você grava em qualquer estúdio ou até mesmo em casa, gravar um disco bom já não é tão simples, gravar um disco excelente é complicadíssimo. Nós, na Shadowside, encontramos nossa qualidade de som internacional agora, gravando na Suécia com o Fredrik Nordström. Levamos dois álbuns, quase uma dezena de turnês no exterior sem luxo algum para finalmente conseguirmos levantar os recursos para fazer isso acontecer. Antes de isso ser possível, sempre procuramos fazer o melhor que estava ao nosso alcance. Começamos com um EP gravado no estúdio aqui do lado da minha casa e melhoramos aos poucos. Conforme a banda cresce, nós procuramos também elevar o nível do que apresentamos ao nosso público antigo e ao novo que ainda vai escutar. E eu quero que os fãs no Brasil gostem de nós porque acharam a música interessante, não porque somos brasileiros. O público tem que fazer a parte dele... tem que comprar o material e ir aos shows das bandas que o agradam. E os músicos tem que evoluir cada vez mais, sempre atrás do máximo que eles podem oferecer.
5) O fato de ser uma mulher à frente de uma banda de metal te traz algum tipo de dificuldade adicional? Afinal, durante muitos anos, o gênero sempre foi associado a algo como "música de macho". E falando nisso: ser tratada como musa por parte de seus fãs te incomoda de alguma maneira?
Dani: Não me incomoda nem um pouco, mas também não é algo que eu busco... eu vejo isso como um elogio, sem basear minha carreira nisso, afinal eu não quero me aposentar cedo e o tempo passa para todos (risos). O fato de ser mulher não tem realmente complicado minha vida (risos). Eu apenas vejo algumas situações engraçadas, de pessoas falando que não gostam de Shadowside porque não gostam de "gothic metal". Então quando perguntados se já escutaram Shadowside, eles admitem que não, mas assumiram que somos uma banda "gótica" por sermos uma banda com uma mulher nos vocais. Apesar de odiarmos isso, somos sempre obrigados a deixar nossos perfis na internet com aquele irritante "auto-play", para que entendam nosso som antes de nos julgarem para o bem ou para o mal por eu ser mulher (risos). Não, isso é brincadeira... eu realmente acredito que a grande maioria já sabe que "vocal feminino" não significa mais um tipo de som específico. O Inner Monster Out é um trabalho pesado, com um toque de moderno, porém bem musical, com melodias grudentas sem deixar de lado nossas raízes tradicionais e está bem diferente do padrão atual, seja para bandas com homens ou mulheres nos vocais. Não acredito que ser mulher vai trazer qualquer vantagem ou desvantagem, mas esse disco vai ser mais uma coisa nova, que uma mulher ainda não havia feito.

Matéria Original: Observatório Nerd

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Roça N' Roll e Wacken Metal Battle Brasil

Saudações, headbangers. Todas as seletivas da Wacken Metal Battle 2011 já possuem seus vencedores que irão para a final nacional no festival Roça N' Roll em Varginha no dia 24 de Junho. O festival também ocorrerá nos dias 23 e 25 de junho com várias outras bandas como Andre Matos, Claustrofobia, Cathedral, Dr.Sin, Genocídio, Imago Mortis, Tuatha de Danann, entre outras.


Abaixo as bandas vencedoras das seletivas da Metal Battle:
Suicide Spree (Rio Branco/AC): http://www.myspace.com/suicidespree6
Nekrost (Manaus/AM): http://www.myspace.com/nekrost
Keter (Salvador/BA): http://www.myspace.com/keterband
Roadsider (Fortaleza/CE): http://www.myspace.com/roadsiderbr
Zilla (Brasília/DF): http://www.myspace.com/zillametal
Psychodeath (Serra/ES): http://www.myspace.com/psychodeath1
In The Shadows (Goiânia/GO): http://www.myspace.com/itshadows
The Imperial Betrayer (Belo Horizonte/MG): http://www.myspace.com/theimperialbetrayer
Ayin (Campo Grande/MS): http://www.myspace.com/ayinofficial
Warpath (Belém/PA): http://www.myspace.com/warpathband
Pandemmy (Recife/PE): http://www.myspace.com/pandemmy
Madness Factory (João Pessoa/PB): http://www.myspace.com/madnessfactory
Fire Shadow (Curitiba/PR): http://www.myspace.com/fireshadowfans
Hatefulmurder (Rio de Janeiro/RJ): http://www.myspace.com/Hatefulmurder
Sacrario (Gramado/RS): http://www.myspace.com/sacrariobr
Nekrós (Florianópolis/SC): http://www.myspace.com/nekrosband
Kamala (Campinas/SP): http://www.myspace.com/kmlthrash
Plague Remains (Ribeirão Preto/SP): http://www.myspace.com/plagueremains
Vetor (Santos/SP): http://www.myspace.com/vetormetal
Attomica (São José dos Campos/SP): http://www.myspace.com/attomicaofficial
Red Front (São Paulo/SP): http://www.myspace.com/bandaredfront

Site do festival: http://www.rocainroll.com/

terça-feira, 7 de junho de 2011

ARENA - Projeto de Thiago Bianchi e músicos nacionais

Novo projeto de Thiago Bianchi, ARENA conta com participações de artistas da música nacional.
Projeto formado originalmente em meados de 2000, pelos músicos e produtores, Thiago Bianchi e Tito Falaschi. Após um hiato de quase 11 anos, os idealizadores resolveram retomar os trabalhos e finalizar o disco intitulado “BRAZILIAN SOLARIS”.
Além do line up do projeto que conta com Thiago Bianchi (Shaman) nos vocais, Tito Falaschi (Symbols) baixo e voz, Gabriel Triani (Tempestt) na bateria, o disco visa celebrar o vasto celeiro musical brasileiro. Sendo assim, o time decidiu convidar grandes ícones dos instrumentos de nosso país para “emprestarem” seus talentos ao longo das 10 faixas previstas no álbum. E são eles:
Guitarras Solos: Mozart Mello, Kiko Loureiro (Angra), Edu Ardanuy (Dr.Sin), Leo Mancini (Shaman), Kadú Averbach (Wizards), André Hernandes (Andre Matos), Nelson Junior (Royal Music), André Brunnetti (Vox), Chico Dehira (Karma).
Os bateristas: Gabriel Triani (Tempestt), Marcell Cardoso (Karma), Marcelo Moreira (Almah) e Ricardo Confessori (Angra/Shaman).

Baixistas: Felipe Andreoli (Angra), Fernando Quesada (Shaman) e o próprio Tito Falaschi (Symbols).
Teclados e samplers: Gabriel Kauê (Solo Artist), Fabrizio Di Sarno (Karma/Shaman), e Carlos Ceroni (Kavla).
Percussão de Guga Machado (Angra/Shaman)
E finalmente, os vocais: Thiago Bianchi (Shaman), Tito Falaschi (Symbols), Edu Falaschi (Angra), Nando Fernandes (Ex Hangar), Christian Passos (Wizards), Thiago Buslik (Vox One) e Leo Belling (Vocal Solo), além de uma faixa surpresa com a cantora MARIA ODETE (mãe de Thiago Bianchi).
A arte gráfica ficou a cargo do grande artista Carlos Fides da ARTSIDE Studios. A faixa disponibilizada como “teaser”, é a música “TRUST” que tem a participação de Kiko Loureiro na guitarra solo, Mello Jr na guitarra base, Gabriel Kauê nos teclados, Tito Falaschi no baixo, Guga Machado na percussão, Gabriel Triani na bateria e Thiago Bianchi na voz. A música pode ser ouvida no Myspace do projeto.
O disco tem previsão para ser lançado no segundo semestre de 2011. E foi inteiramente produzido por THIAGO BIANCHI em seu estúdio, o FUSÃO STUDIOs.

domingo, 5 de junho de 2011

HANGAR - Video Clips

Olá, pessoal. Trago hoje os clipes da banda Hangar. A banda lançou um clipe para a música "Call me in the Name of Death" do seu penúltimo álbum "The Reason of Your Conviction" e um clipe para "Dreaming of Black Waves" do seu último álbum "Infallible". Os álbuns anteriores não possuem clipes.


A resenha do álbum "The Reason of Your Conviction" lançado em 2007 e baseado na história de um serial killer você pode conferir aqui.
Formação:
Nando Fernandes - Vocal
Eduardo Martinez - Guitarra
Nando Mello - Baixo
Fabio Laguna - Teclados
Aquiles Priester - Bateria


A resenha do álbum "Infallible" lançado em 2009 você pode conferir aqui
Formação:
Humberto Sobrinho - Vocal
Eduardo Martinez - Guitarra
Nando Mello - Baixo
Fabio Laguna - Teclado
Aquiles Priester - Bateria
Participação especial: Stéfanie Schirmbeck no vocal


Atualizando (11 de Setembro de 2011): Foi lançado recentemente o novo video clip da banda para seu álbum acústico "Acoustic, But Plugged In". Confiram:


Formação:
André Leite - Vocal
Eduardo Martinez - Guitarra
Nando Mello - Baixo
Fabio Laguna - Teclados
Aquiles Priester - Bateria

sábado, 4 de junho de 2011

SHAMAN - Origins

Olá, pessoal. Hoje vou postar sobre a banda paulistana Shaman que foi formada em 2000. Os formadores da banda foram Andre Matos (Voz e Teclado), Luis Mariutti (Baixo) e Ricardo Confessori (Bateria) que em 1999 haviam saído do Angra. Hugo Mariutti, irmão de Luis Mariutti foi convidado para ser guitarrista da banda provisoriamente, mas os resultados foram tão bons que ele foi efetivado como guitarrista da banda.

O termo “Shaman” que é de origem Tunguska (povo nativo da Sibéria) siginifica “aquele que enxerga no escuro” e geralmente é representado como um sacerdote que durante rituais, através de um transe manifesta poderes sobrenaturais e invoca e incorpora espíritos da natureza. Da Sibéria os xamãs (grafia brasileira) partiram para o mundo todo e no Brasil são representados pelos Pajés.

Em 2002 o grupo lançou seu primeiro álbum “Ritual” que tinha como principal característica a mescla de Heavy Metal e world music (termo usado para se referir à música tradicional e/ou música folclórica de certa cultura). O álbum foi muito bem recebido no mundo todo e resultou em uma turnê que durou cerca de um ano e meio com mais de 130 shows pelo mundo. Em 2003 foi lançado o DVD “RituAlive” que é até hoje considerado o melhor DVD do gênero lançado no Brasil. Devido a problemas jurídicos a banda passou a se chamar “Shaaman” pois havia uma banda finlandesa com o nome ‘Shaman”.

Em 2005 o grupo lançou o álbum “Reason” que tinha uma pegada mais heavy anos 80 e dividiu opiniões da critica e dos fãs. Após a turnê Andre Matos e os irmãos Mariutti deixaram a banda. Ricardo Confessori seguiu e reformulou a banda. Com essa nova formação onde a banda voltou a se chamar “Shaman” foram lançados o álbum “Immortal” em 2007 que não foi muito bem aceito pela mídia nem pelos fãs e o DVD “AnimeAlive” de 2008 com um show gravado no evento Anime Friends. Em 2010 o grupo lançou o álbum “Origins”, esse com muitas críticas positivas e junto ao álbum veio o DVD “Shaman & Orchestra Live At Masters Of Rock Of Prague” gravado num festival na Republica Tcheca. Bom, vamos então falar sobre o mais recente lançamento da banda.

Capa do álbum “Origins”
Faixas:
1 – Origins (The Day I Died)
2 – Lethal Awakening
3 – Inferno Veil
4 – Ego Pt I
5 – Ego Pt II
6 – Finally Home
7 – Rising up to Life
8 – No Mind
9 – Blind Messiah
10 – S.S.D (Signed, Sealed and Deliver)
11 – Kurenai (bônus)
Lançamento: 2010
Gravadora: Voice Music

O álbum é conceitual e conta a história do jovem Amagat, um jovem siberiano de uma distante tribo conhecida como a primeira tribo de xamãs do mundo. Os problemas começam quando ele irá passar pelo ritual que marca a chegada a fase adulta assim se tornando um guerreiro, mas o garoto acha que ser um guerreiro não faz parte dele. Assim é considerado pela tribo um covarde que resulta em sua fuga. O álbum conta em suas 10 músicas a jornada de Amagat nessa fuga buscando se descobrir e que o levara a se tornar um Shaman. A trama pode ser conferida aquiO som da banda continua com bases no Power Metal e desta vez traz influencias do progressivo, além das influencias étnicas que sempre marcaram a banda.

A primeira faixa do álbum é uma intro com vários efeitos que nos ambienta na fuga de Amagat. Em seguida temos Lethal Awakening em que temos Léo Mancini “metralhando” riffs com sua guitarra super veloz. Uma música veloz que conta com um bom refrão e linhas de teclado que completam o som. Inferno Veil é a mais pesada do álbum, uma música rápida e agressiva que conta com um bom refrão e um ótimo trabalho de todos da banda, com destaque para o guitarrista Léo Mancini com uma boa levada e um ótimo solo. Ego Pt I traz o ambiente do xamanismo a tona com instrumentos exóticos que trazem o som étnico. Ego Pt II continua com as batidas tribais desse clima, mas já traz também o heavy metal. A música tem boas linhas vocais e um bom refrão, além de boas linhas de baixo. Aliás, o timbre do baixo de Fernando Quesada é muito bom!

Finally Home tem todo um toque especial dos teclados que dá um ar místico a música. A faixa tem um refrão grudento e boas linhas vocais, onde os destaques ficam para o baixo de Fernando Quesada e as linhas de teclado de Fabrizio Di Sarno. Rising up to Life começa calma com linhas de teclado e um vocal suave de Thiago Bianchi. A faixa não empolga muito, mas tem uma grande interpretação do vocalista Thiago Bianchi. No Mind traz de volta o peso com um riff de guitarra nervoso e a um ótimo trabalho de bateria. Blind Messiah começa suave com uma pegada étnica e depois ganha em peso e agressividade, destaque para o trabalho da bateria e o teclado. S.S.D é uma balada e finaliza o álbum de maneira suave, mas é uma música fraca dentro do álbum. A versão nacional do álbum vem com um DVD (que citei antes) como bonus e a versão japonesa vêm com a faixa Kurenai como bônus. É um cover da música da banda de metal japonesa “X Japan”, um dos grupos musicais japoneses de maior sucesso. A música magistral do X Japan foi muito bem interpretada pelo Shaman e o vocal do Thiago Bianchi ficou bem parecido ao de Toshi.






Enfim, um álbum que não revoluciona o metal, mas muito bem tocado e merece a audição dos amantes do rock pesado.


Formação:
Thiago Bianchi – Vocal
Léo Mancini – Guitarra
Fernando Quesada – Baixo
Ricardo Confessori – Bateria